12/08/2015 13h27

Prorrogação do pagamento de dívida de produtores beneficia cooperativas de Alagoas

Nova lei beneficia mais de 20 mil pequenos agricultores familiares de Alagoas e 13 associações e cooperativas

As cooperativas e pequenos produtores de todo o Brasil ganharam mais prazo para renegociação de dívidas da Cédula de Produto Rural (CPR). A Lei 13.154, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e que entrou em vigor desde o último dia 30 de julho, estende o prazo de renegociação da dívida com a Conab até dezembro de 2019.
A nova lei beneficia mais de 20 mil pequenos agricultores familiares de Alagoas e 13 associações e cooperativas, entre elas a Cooperativa Agropecuária de Campo Grande (Cooperagro) e a Cooperativa Pindorama. “Nós estamos extremamente satisfeitos com a nova lei e agradecemos muito o empenho dos parlamentares da Câmara e do Senado e da própria presidente. Isso beneficia nosso grupo porque não vai impactar o caixa e tirar da margem do cooperado”, aponta Eloisio Lopes, presidente da Cooperagro.
Para o deputado federal Paulão (PT/AL), a conquista foi uma vitória para Alagoas. “Foi uma vitória importante porque viabiliza mais crédito para novos estoques e ajuda os produtores a enfrentar dificuldades, sobretudo na região Agreste,  que sofre  com a queda do preço da farinha de mandioca, e na Zona Canavieira, que passa por uma  crise sem precedentes”, avaliou.
Terão um prazo maior de pagamento da CPR a modalidade de formação de estoque do Programa de Aquisição de Alimentos contratados até o dia 31 de dezembro de 2012. De acordo com Eloisio, para quem deseja liquidar a dívida a curto prazo, a lei garante desconto. No caso da Cooperagro, o desconto é de 75% no valor da dívida.
“Vamos conseguir reverter o pagamento em até R$ 1 mil para cada cooperado. Se tivéssemos que pagar a dívida na totalidade, teríamos que comprometer a atividade do nosso produtor porque o mercado está ruim e não cobre os custos da produção”, afirma Lopes, explicando que a superoferta da mandioca no mercado depois dos anos de seca, em 2012 e 2013 e que penalizou a produção local, fez com que os preços do produto caíssem em todo o país.

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