28/10/2014 12h05

Caderneta de poupança continua o investimento preferido dos brasileiros

Fundos de investimento aparecem em seguida com 2,5% dos entrevistados

G1

Uma pesquisa realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos revelou que nove em cada dez brasileiros (85,8%) que poupam dinheiro afirmaram utilizar a caderneta de poupança como principal investimento em 2014. Isso representa um avanço de 5 pontos percentuais em relação ao ano de 2013.

Os fundos de investimento aparecem em seguida com 2,5% dos entrevistados. Já os que preferem guardam dinheiro em casa e não realizar qualquer tipo de investimento totalizam 10,4%.

Segundo o gerente de economia da Fecomércio RJ, Christian Travassos, os depósitos na poupança voltaram a render 0,5% ao mês mais TR a partir de agosto de 2013, quando o Banco Central elevou a Selic de 8,5% para 9% ao ano, o que incentivou os poupadores a optarem por essa modalidade de investimento.

“A caderneta de poupança voltou a ganhar a adesão de parte dos brasileiros que haviam feito a opção por fundos de investimento quando da mudança na regra de remuneração da caderneta. Enquanto os juros básicos situavam-se iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, o rendimento da aplicação era de 70% da Selic mais TR”, explicou, em nota.

Menor confiança

A análise mostrou ainda que houve um aumento de 3,1 pontos percentuais no número de famílias com algum dinheiro guardado, entre julho de 2013 e o mesmo mês em 2014, alcançado 19,1% do total. Este é o maior nível para o indicador desde o início do levantamento, em 2006.

De acordo com Travassos, esse aumento ocorre por causa da menor confiança do consumidor em relação ao futuro diante da conjuntura econômica.

“Uma parcela da população acredita que poupar é a maneira mais correta de se precaver contra imprevistos no mercado de trabalho, o que se mostra bastante razoável se analisarmos o custo elevado, e em alta, do crédito no país”, afirmou o economista.

Preocupação com o futuro
Do total entre os que guardam dinheiro, 66,6% afirmaram que o fazem para alguma eventualidade. Em 2013, esse percentual era de 65,8%.

Entre aqueles que pretendem comprar um imóvel com as reservas, estão 8,3%. Em 2013, foram registrados 7,1%. Esse percentual é o maior dos últimos quatro anos para esse indicador.

Houve redução de 4,2 pontos percentuais, no entanto, entre as famílias com reservas que pretendem reformar a casa, atingindo 5,9%, o menor nível da série. No ano anterior, 10,1% dos poupadores tinham essa intenção.

A pesquisa foi realizada pela Fecomércio RJ/Ipsos, entre os dias 20 e 31 de julho e ouviu mil consumidores em 70 municípios brasileiros.

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