02/06/2014 9h02

Mercado financeiro reduz previsão de PIB para 1,50%

O documento é fruto de uma pesquisa com economistas de mais de 100 instituições financeiras

G1

Os economistas do mercado financeiro baixaram, na semana passada, sua previsão para ocrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 de 1,63% para 1,50%, informou o BancoCentral nesta segunda-feira (2) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de uma pesquisa com economistas de mais de 100 instituições financeiras.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento daeconomia.

A revisão para baixo da estimativa de crescimento do PIB do mercado financeiro para este ano aconteceu após a divulgação do resultado do primeiro trimestre deste ano. Na última sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou expansão de 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, com destaque para o desempenho da agropecuária.

O aumento do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro continua abaixo do estimado no orçamento federal – de 2,5% – e também menor que a previsão (2%) divulgada pelo Banco Central em março. Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira, feita pelos analistas dos bancos recuou de 1,96% para 1,85%.

Inflação
Os analistas do mercado financeiro mantiveram inalterada, na última semana, em 6,47% sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2014.

Com isso, o valor permanece próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para este ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto no mês de abril, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa do mercado para o IPCA subiu de 6% para 6,01% na semana passada.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Taxa de juros
O mercado financeiro também deixou de acreditar que haverá uma nova elevação na taxa básica de juros da economia brasileira ainda neste ano. Até então, o mercado acreditava que haveria uma nova alta nos juros, para 11,25% ao ano, em dezembro de 2014.

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