G1
Os economistas do mercado financeiro baixaram, na semana passada, sua previsão para ocrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 de 1,63% para 1,50%, informou o BancoCentral nesta segunda-feira (2) por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de uma pesquisa com economistas de mais de 100 instituições financeiras.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento daeconomia.
A revisão para baixo da estimativa de crescimento do PIB do mercado financeiro para este ano aconteceu após a divulgação do resultado do primeiro trimestre deste ano. Na última sexta-feira (30), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a economia brasileira registrou expansão de 0,2% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores, com destaque para o desempenho da agropecuária.
O aumento do PIB do país previsto para 2014 pelo mercado financeiro continua abaixo do estimado no orçamento federal – de 2,5% – e também menor que a previsão (2%) divulgada pelo Banco Central em março. Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira, feita pelos analistas dos bancos recuou de 1,96% para 1,85%.
Inflação
Os analistas do mercado financeiro mantiveram inalterada, na última semana, em 6,47% sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país e calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para o ano de 2014.
Com isso, o valor permanece próximo do teto de 6,5% do sistema de metas de inflação para este ano. A previsão chegou a ultrapassar o teto no mês de abril, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa do mercado para o IPCA subiu de 6% para 6,01% na semana passada.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 é de 4,5%. Entretanto, há um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de juros
O mercado financeiro também deixou de acreditar que haverá uma nova elevação na taxa básica de juros da economia brasileira ainda neste ano. Até então, o mercado acreditava que haveria uma nova alta nos juros, para 11,25% ao ano, em dezembro de 2014.