16/07/2013 15h02

Maceió é modelo para o Brasil no tratamento de dependentes químicos

Famílias recebem assistência e dependentes químicos são motivados para retornar ao mercado de trabalho

O trabalho realizado com dependentes químicos pela Secretaria da Paz do Governo de Alagoas (Sepaz) e pelo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas 24 horas (CAPs AD)  Dr. Everaldo Moreira, em Maceió, é considerado modelo para o Brasil e foi destaque na edição desta terça-feira (16) no Bom dia Brasil, da TV Globo. Na reportagem foi ressaltado que o tratamento é gratuito para as famílias e que os dependentes químicos têm acompanhamento para voltar ao mercado de trabalho.

“No caso de internações involuntárias, quando o paciente não concorda com o tratamento, uma equipe vai até a casa dos dependentes químicos. Eles são encaminhados para comunidades acolhedoras, onde ficam por um período de seis meses. Há 1.200 vagas no estado. Uma equipe do Rio de Janeiro veio conhecer o programa, que já foi implantando também em Rondônia e no Espírito Santo”, diz a matéria.

Sobre o CAPs/AD

Em maio deste ano, o CAPs/AD Dr. Everaldo Moreira foi reinaugurado com suas instalações totalmente reformadas. Na unidade são atendidas, em média, 80 pessoas diariamente. Para o prefeito Rui Palmeira, o empenho e dedicação da equipe que trabalha no Caps é fundamental para o sucesso no tratamento das pessoas que procuram atendimento na unidade. A gestão dos Caps é de competência da Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.

Segundo o secretário municipal de Saúde, João Marcelo Lyra, dentro das ações previstas para serem realizadas durante a gestão do prefeito Rui Palmeira está, até o final de 2014, a construção de mais dois Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPs AD) com atendimentos durante as 24 horas do dia. “Um dos novos CAPsAD 24h será construído no bairro de Bebedouro e o outro na parte alta da cidade”, garante o secretário.

Para o diretor do Centro, Osvaldo Moraes, com o Caps funcionando 24 horas, o resultado é mais eficaz no tratamento. “A noite e os finais de semana são períodos mais vulneráveis para os pacientes que estão tentando de livrar do vício das drogas”, disse o diretor.

Segundo a reportagem, que foi ao ar na manhã desta terça-feira (16), uma pesquisa revela que o programa do governo federal de combate ao crack ainda não cumpriu as metas. A capital alagoana é uma exceção.

Segundo o estudo, centros de atenção ao usuário para funcionamento 24 horas, que até são 34 pelo plano em todo o País, devem chegar a 175 até 2014. Leitos especializados são 57, mas a meta é elevar esse número para 2.462. Consultórios de rua são 84 dos 308 que estão previstos.

O investimento feito até agora é R$ 1,5 bilhão. Não chega nem à metade do previsto, que são R$ 4 bilhões até 2014. Dinheiro que deve ser aplicado para atendimento e prevenção do uso do crack e policiamento.

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