O mercado manteve a perspectiva de Selic em 8,5% ao ano no fim do ano, após três semana seguidas de alta, manteve a projeção para a inflação e elevou ligeiramente a do crescimento da economia, segundo pesquisa semanal Focus divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo BC (Banco Central).
A pressão inflacionária continua sendo forte motivo de preocupação dos investidores, com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 12 meses se aproximando do teto da meta do governo, de 6,5% ao ano.
Os analistas consultados veem a inflação medida pelo índice oficial do governo em 5,71% em 2013, o mesmo valor da pesquisa anterior, mas elevaram a perspectiva para 5,68% para 2014 – contra 5,60% na semana passada.
O BC piorou, em seu relatório trimestral de inflação divulgado também na semana passada, todas as perspectivas de inflação para este e o próximo ano, admitindo inclusive que a alta dos preços vai estourar o teto da meta no acumulado em 12 meses entre abril e julho.
O cenário inflacionário levou analistas a apostarem que o ciclo de aperto monetário pode ser iniciado em breve, na reunião de maio do Copom (Comitê de Política Monetária). Para a reunião de abril, a perspectiva no Focus ainda é de manutenção nos atuais 7,25% ao ano.
Os analistas consultados também deixaram inalterada a perspectiva de uma Selic a 8,5% ao longo de 2014.
Entre o Top 5 –instituições que mais acertam suas previsões–, a mediana no médio prazo para a taxa básica de juros também é de 8,5% tanto para 2013 quanto para 2014.
ECONOMIA
A perspectiva para a expansão da economia brasileira em 2013 foi ligeiramente elevada de 3% para 3,01%. Para 2014, os analistas mantiveram a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 3,5%.
A mudança vem após sinais de um início de ano em recuperação, puxado pela indústria e também pelo varejo. Em janeiro, a produção industrial teve alta de 2,5%, com as fábricas registrando a maior expansão mensal em quase três anos, e as vendas no varejo mostraram expansão de 0,6%.
A perspectiva para a expansão da produção industrial neste ano foi elevada a 3,12%, ante 3% na semana anterior. Para 2014, a projeção foi mantida em crescimento de 3,95%.
CÂMBIO
Para o câmbio, a expectativa no fim de 2013 foi mantida em R$ 2 pela quinta semana seguida.