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A desaceleração no ritmo de alta nos preços de alimentos fez com que a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, perdesse força em novembro. O índice ficou em 0,54%, ante 0,65% no mês anterior.

Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira. O resultado ficou levemente acima do nível esperado por analistas ouvidos pela Reuters, que apontavam alta de 0,51%.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA-15 registra alta de 5,64%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores (5,56%).

No acumulado do ano, a alta é de 5,05% –inferior ao mesmo período de 2011 (5,96%).

Os dados do IPCA-15 foram coletados no período de 12 de outubro até 13 de novembro. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços.

O indicador contempla os preços para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Julho, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

Os preços de produtos do grupo alimentação subiram 0,83% em outubro após uma alta de 1,56% no mês anterior. A categoria deixou o posto de maior variação após três meses seguidos.

Contribuíram para a desaceleração o ritmo menor de avanço em itens como arroz (de 11,91% em outubro para 6,63% em novembro) e frango (4,13% para 1,43%), além das quedas do feijão (de 4,66% para -2,36%), cebola (de 9,97% para -8,79%) e batata inglesa (de 19,23% para -4,45%)

Analistas já esperavam que os preços perdessem força a partir do final deste ano, principalmente por conta da desaceleração nos alimentos. Esse grupo vinha pressionando os índices inflacionários há meses por conta dos efeitos da seca em regiões produtoras de grãos nos Estados Unidos.

Índices do atacado já vinham mostrando nas últimas semanas uma redução dos preços de vários itens alimentícios. Na segunda-feira, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,16% na segunda prévia de novembro, influenciado justamente pelos preços de alimentos no atacado.