21/03/2012 12h17

Dilma tenta segurar reajuste no preço dos combustíveis

Petrobras pressiona por novo preço para compensar a alta do preço do barril que está cima de US$ 120 no mercado londrino

 

Apesar das pressões da Petrobras, o governo Dilma está disposto a não reajustar os preços dos combustíveis no curto prazo para evitar pressões inflacionárias num momento em que os índices de preços estão em queda.

A estatal já mandou seu recado à equipe econômica, de que o ideal seria receber um reajuste nos preços dos combustíveis nas refinarias por conta do elevado valor do barril de petróleo no mercado internacional.

Nos últimos meses, o preço do barril tem ficado acima de US$ 120 no mercado londrino. Este patamar, na avaliação de técnicos da Petrobras, justifica um reajuste dos combustíveis no país.

A presidente Dilma, contudo, mandou a estatal aguardar mais um pouco, na expectativa de um recuo nos preços internacionais do barril de petróleo.

Caso não haja recuo, como os analistas estão prevendo, o governo federal vai analisar, mais para o final do primeiro semestre deste ano, o melhor momento para conceder o aumento.

O maior temor do governo é que o valor do barril, em vez de recuar, suba ainda mais por conta da crise envolvendo o Irã. Aí, ficaria inevitável conceder um reajuste, o que poderia levar o Banco Central a interromper o processo de queda dos juros e até elevá-los ainda neste ano.

TRIBUTOS

O último reajuste da gasolina foi em novembro do ano passado, de 10%, mas não foi repassado aos consumidores porque, para compensar, o governo reduziu o valor que a estatal paga de Cide, o tributo que regula os preços dos combustíveis.

Na época, o governo abriu mão de R$ 2 bilhões desta receita, sendo a maior parte neste ano – R$ 1,7 bilhão, quando a previsão é arrecadar R$ 5,3 bilhões com a contribuição.

Técnicos defendem que, agora, a estatal precisa de um reajuste definitivo de seus preços e não apenas uma redução temporária no valor que paga de Cide.

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