04/11/2013 13h51

Seminário proporciona aprendizado aos alunos do ViraVida em Alagoas

ViraVida é uma tecnologia social dirigida a adolescentes e jovens de 16 a 21 anos

Participação dos jovens do Projeto ViraVirada em Brasília
Após três dias de momentos gratificantes e de muito aprendizado, os alunos e os integrantes da equipe técnica do projeto ViraVida em Alagoas chegaram a Maceió-AL no último sábado, dia 2, quando foi encerrado o 4º Seminário Nacional Poder Jovem – Inovar e Transformar, realizado pelo Conselho Nacional do Sesi, em Brasília-DF.
A coordenadora estratégica do projeto em Alagoas, Silvia Andreia, destacou que a troca de experiência com alunos de outros estados foi muito positiva para os meninos e meninas alagoanos. Entre eles, R.S.C., de 17 anos, um dos leitores da “Carta da Juventude” ao final do evento. Como os 500 adolescentes participantes, ele tem uma história de superação para contar.
“Antes, eu não tinha apoio de ninguém, morava com amigos em uma casa de prostituição, vendendo e consumindo drogas. Cheguei a me internar numa comunidade terapêutica e, quando saí, meu pai me inscreveu [no ViraVida] e eu não fui, perdendo o apoio dele. Mas, depois, eu quis reconquistar o apoio de meu pai e entrei no projeto que transformou a minha vida, estou passando por cima de tudo”, conta o adolescente, que retomou os laços familiares.
A coordenadora operacional do projeto no Estado, Fernanda Ferreira, ressaltou que, no quarto ano, o seminário nacional abriu um espaço maior para os jovens se expressarem. “Tivemos mais debates e diálogos, o que deu a esses adolescentes uma oportunidade de falar sobre os seus processos de transformação, proporcionando uma troca de experiências positiva, pois eles vêem que as dificuldades enfrentadas são semelhantes às de jovens de todo o País. A proposta do ViraVida é desafiadora, mas compensa. Espero que tudo o que se discutiu aqui seja posto em prática”, finalizou.
D.C., de 18 anos, disse que, inspirado no trabalho de resgate de vidas promovido pela equipe técnica do projeto no Estado, tomou uma decisão e hoje cursa o 1º período de Serviço Social na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). “Eu também quero ajudar outras pessoas”, afirmou.
O jovem participou da oficina de comunicação, onde se destacou não só no seu papel, mas na solidariedade com os amigos. Autodidata, ele fala inglês e ajudou uma colega a entrevistar um convidado estadunidense para o jornal televisivo do ViraVida. “Aqui [no DF] aprendi muita coisa, mas destaco a chance de trocar experiências e cultura”, disse.
O presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, ressaltou a “desenvoltura” dos jovens durante o seminário e afirmou que o projeto ViraVida não é passageiro. “Esse projeto é de domínio dos jovens e tenho o sonho de que ele venha, um dia, tornar-se uma política pública”, disse ele.
É uma tecnologia social dirigida a adolescentes e jovens de 16 a 21 anos, em situação de risco pessoal ou vulnerabilidade social, sujeitos a violência sexual e outras formas de violação de direitos. O projeto cria as condições para que os alunos adquiram conhecimentos, desenvolva habilidades, recupere a autoconfiança e obtenha a autonomia necessária para ingressar no mundo do trabalho.
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