12/06/2013 9h36

APA Catolé-Fernão Velho passa por mutirão de limpeza

Cento e sessenta toneladas de lixo foram removidos da área

Slum faz operação de limpeza na Área de Preservação Ambiental

Setenta agentes de limpeza e maquinário pesado foram enviados na manhã da terça-feira (11) para os limites do conjunto Santos Dumont com a Área de Proteção Ambiental Catolé-Fernão Velho. O objetivo foi promover a limpeza de um ponto de lixo e entulho no local, numa operação que envolveu a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM), o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) e a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma).

Lixo e entulho se espalhavam por trilhas e clareiras na mata e até em pontos em que formavam uma cascata encosta abaixo. Sofás, colchões, restos de móveis, carcaças de eletrodomésticos e muito material que poderia ser aproveitado para reciclagem. Até o final da manhã, foram carregadas dez caçambas, cada uma com aproximadamente 16 toneladas de resíduos.

A denúncia partiu do Ministério Público Estadual, que acionou o IMA para realizar um diagnóstico da APA, considerada estratégica em função do abastecimento de água proveniente do açude do sistema Pratagy-Catolé, que atende a cerca de 30% de Maceió.

A estimativa é que a área afetada pelo lixo se estende por cerca de quatro hectares. “A expectativa é que ultrapassemos as 30 caçambas nesta primeira etapa. Ela vem sendo utilizada há um tempo como lixão clandestino”, estima Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da SLUM.

Educação ambiental

Como há outros pontos de lixo detectados pelo diagnóstico realizado no decorrer de um mês pelo próprio IMA, as operações devem continuar. Em paralelo, a SLUM e o IMA irão iniciar uma operação de educação ambiental. “Vamos entrar junto com a educação ambiental para que começar a conversar com a população, inclusive para denunciar carroceiros e carros de frete que venha a descarregar por aqui”, aponta Tavares.

De acordo com Pedro Normande, chefe da APA do Catolé-Fernão Velho, além do lixo há esgoto e construções irregulares na área da mata. No total, a APA possui uma extensão de cinco mil hectares distribuída pelos municípios de Maceió, Santa Luzia do Norte e Satuba. “Se a gente não cuidar disso aqui, nem água vai ter mais. Por isso, a situação aqui é urgente. O objetivo é construir um muro para impedir o acesso à mata”, explica o representante do IMA.

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