23/04/2013 10h03

Fórum discute políticas públicas para coleta de resíduos sólidos

Instituições apresentaram seus projetos e deram encaminhamentos para o desenvolvimento de ações

Fórum debate tratamento de resíduos sólidos

O Fórum Alagoas Catador reuniu na última segunda-feira parceiros e entidades com projetos voltados para a área de tratamento de resíduos sólidos em Alagoas. O encontro, que aconteceu na Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento (Seplande), contou com apresentações da carteira de projetos das instituições para o segmento e teve como objetivo promover o alinhamento de ações dentro do programa.

Destinado a integrar e articular as ações voltadas ao fomento da organização produtiva dos catadores de materiais reutilizáveis, o Alagoas Catador visa alcançar melhoria das condições de trabalho, proporcionar a ampliação das oportunidades de inclusão social e econômica, além da expansão da coleta seletiva de resíduos.

Segundo o superintendente de Desenvolvimento Regional e Setorial da Seplande, Michael Chinelato, o Fórum será um catalisador das ações que serão realizadas no Programa. “Não só o Governo do Estado aporta ações designadas ao setor, então nós precisamos de um meio que facilite essa interlocução, esse contato com os agentes que lidam com o problema dos catadores para que nós possamos unir forças e trazer melhorias reais para essa parcela da população”, explicou.

Na ocasião, um panorama da indústria de reciclagem de plástico foi apresentado pelo Sebrae/AL. “Toda a sociedade, principalmente aqueles que podem influenciar diretamente na atuação dessa cadeia de reciclagem, deve ficar atenta para a importância desse trabalho. Hoje, a cidade não funciona sem o processo de coleta e separação do lixo, mas eles precisam de condições humanas na desenvoltura dessa atividade”, declarou o gerente da unidade industrial do Sebrae, Everaldo Figueiredo.

A Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Qualificação Profissional (Seteq) também apresentou o seu projeto de atuação, chamado Cata Mais. Ligado à Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, o projeto tem como meta atingir 2.800 catadores de resíduos sólidos da região metropolitana de Maceió e prevê capacitações, construções ou reforma de galpões, além da aquisição de maquinário.

Pela Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), da Prefeitura Municipal, outro panorama, com um víeis diferenciado, tratou do manejo de resíduos na capital. Nele, Nadja Barros, do Serviço Especial de Planejamento da Slum, demonstrou o crescimento de material produzido. Em 2007, Maceió registrava aproximadamente 183 toneladas de lixo recolhidas, hoje, esse número alcança 383 toneladas.

A consultora do Sebrae Nacional, Glaucia Zoldan, que já participou da implantação de projeto semelhante no Espírito Santo, deu a sua contribuição à discussão ao salientar que o sucesso de ações como o Programa Alagoas Catador dependem do engajamento produtivo.

“Sem uma noção de que isso é um negócio o projeto não vai pra frente, porque acima de tudo a coleta é uma atividade de lucro, além de seu víeis ambiental. É preciso que exista uma política de Estado, que conceda incentivos e possa atrair também empresas verdes que venham a contribuir para o desenvolvimento dessa cadeia”, enfatizou Glaucia.

Diante das discussões, os integrantes do Fórum decidiram trabalhar inicialmente com a Cadeia do Plástico, por já se apresentar devidamente estruturada. “Esse projeto piloto vai nos ajudar a organizar o programa, para que mais a frente outras vertentes possam ser também trabalhadas. Hoje a cadeia do plástico no Estado está mais madura do que as outras que apresentam interface ao problema dos catadores, por isso a escolha dela para o início de nosso plano de ações”, declarou a diretora de Micro e Pequenos Negócios da Seplande, Pauline Reis.

Outra reunião foi agendada para o próximo dia 10 de maio, onde os integrantes do Fórum apresentarão os resultados dos encaminhamentos desse encontro, entre eles um plano de trabalho, a realização de um seminário e o retorno da reunião com oito indústrias do plástico instaladas em Alagoas.

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