26/11/2012 13h41

CUT-AL promoverá carreata e buzinaço contra zonas azuis

Estudantes, taxistas e a população em geral vão promover ato público em frente à SMTT

 

Projeto de Zona Azul em Maceió provoca insatisfação

A Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL) está convocando toda a classe trabalhadora , estudantes, taxistas e a população em geral para um grande ato público nesta terça-feira (27), às 9h, em frente à Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), em protesto contra o projeto de implantação de zonas azuis em Maceió. Os participantes sairão em carreata até o prédio da Prefeitura, passando pela Câmara Municipal. A CUT também pede a todos os motoristas, onde quer que estejam, promovam um “buzinaço” às 10h, para mostrar a insatisfação com a medida.

Segundo a presidenta da CUT-AL, Amélia Fernandes, o decreto da Prefeitura é absurdo porque representa a privatização de áreas públicas, em locais como a orla marítima e o centro da cidade, muitos deles utilizadas como espaços de lazer por estudantes. “Não tem sentido o prefeito, nas últimas semanas de seu mandato, adotar uma medida como essa, que fixa a cobrança de três reais por hora para as vagas de estacionamento em algumas ruas.”

Amélia lembra que o procedimento está sendo questionado pelo Ministério Público Estadual. O promotor Marcos Rômulo, da Fazenda Pública Municipal, pretende entrar com ação para anular o processo licitatório que escolheu a empresa Tetran, de Goiás, para administrar cerca de 10 mil vagas de estacionamento nas ruas de Maceió.

Segundo o MP, o caso é de licitação para “uso de bem público por empresa privada”, o que depende de aprovação da Câmara de Vereadores, após realização de audiências públicas, coisa que não foi feita pela Prefeitura.

“A CUT-AL parabeniza e faz coro com essa reação do Ministério Público Estadual e e por isso está convocando todos os movimentos sociais e entidades para uma grande mobilização do dia 27 contra a tentativa da prefeitura de privatizar as ruas”, afirmou Amélia Fernandes. “Precisamos pressionar o prefeito a revogar a medida, que é prejudicial à população de Maceió e mostrar que ele não pode deixar a Prefeitura com uma marca negativa, repassando à população esse ônus”.

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