A chegada da Páscoa, além de seu significado tradicional como período de reflexão e confraternização, representa uma importante oportunidade para o fortalecimento da atividade econômica. O período movimenta diversos segmentos, especialmente o Comércio e os Serviços, beneficiando microempreendedores, trabalhadores informais e o setor empresarial como um todo. Produtos típicos como ovos de Páscoa, chocolates, vinhos, frutos do mar e pacotes de viagem impulsionam o consumo e aquecem o mercado.
Com o intuito de analisar esse cenário e oferecer dados concretos que orientem tanto consumidores quanto empresários, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio – AL), em parceria com o Instituto Fecomércio/Alagoas de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), realizou uma pesquisa de campo para avaliar o nível de consumo da população de Maceió durante o período de Páscoa.
O levantamento tem como objetivo subsidiar a tomada de decisões por parte do empresariado, além de informar a sociedade sobre o comportamento do mercado local e os impactos da data comemorativa na economia da capital alagoana.
De acordo com a estimativa do Instituto Fecomércio de Alagoas, o volume de vendas para a Páscoa de 2025, em Maceió, deverá registrar movimentação financeira de R$ 35,7 milhões. Caso essa expectativa seja efetivada, o volume de vendas1 no varejo para essa data terá um avanço significativo de 24,38% ante o ano de 2022.
O ticket médio esperado para a compra de chocolates e ovos de Páscoa foi estimado em R$ 104,45, gerando uma receita estimada de R$ 16,2 milhões. Já o gasto médio destinado às comemorações, seja em casa (opção escolhida por 50,4% dos entrevistados) ou na casa de parentes (69,5% entre os que pretendem comemorar fora de casa), ficou em R$ 154,88, com receita média estimada de R$ 19,5 milhões. Dessa forma, entre consumo de chocolates (de um modo geral) e a compra de produtos (vinhos e frutos do mar) para comemorar a Páscoa, espera-se uma movimentação financeira de R$ 35,7 milhões na capital alagoana.
Segundo a pesquisa realizada, 62% dos consumidores declararam intenção de comprar chocolates ou ovos de Páscoa neste ano. Além disso, 50,4% dos que afirmam que irão comemorar a data também pretendem adquirir vinhos e frutos do mar, aproveitando o feriado da Páscoa e da Semana Santa.
O crescimento estimado no volume financeiro para a Páscoa de 2025 pode ser explicado por quatro fatores principais: o aumento da massa salarial, o aquecimento do mercado de trabalho, incremente na intenção de compras (variação positiva de 47,2% – saindo de 42,1% em 2022 para 62%, em 2025) e inflação concentrada, principalmente, em alimentos. De acordo com o IBGE, a taxa de desocupação no trimestre encerrado em dezembro de 2024 foi de 8,1%, o menor índice dos últimos dez anos. Por outro lado, o IPCA, indicador que mede a inflação geral de produtos e serviços, acumulou alta de 5,06% nos últimos 12 meses.
INTENÇÃO DE CONSUMO
Nesse Páscoa 62% dos maceioenses pretendem comprar chocolates ou ovos de Páscoa. Para os 38% que não têm intenção de comer chocolates este ano, a motivação para não comprar algo são os preços elevados. 56,8% dos entrevistados não pretende trocar os ovos industralizados pelos produtos de fabricação caseira (34,74%). Dos que preferem produtos artesanais, 45,9% afrimaram que a qualidade é o motivo da troca. A maioria dos entrevistados pretende comprar até 2 presentes (66,5%) (com média ponderada 2,15), para filhos e sobrinhos.
Os supermercados (54,17%) e os shoppings (21,53%) dividem a disputa de local mais procurado para realizar as compras dos chocalates.
Os preços baixos (32,3%), a qualidade dos produtos (31%) e as promoções (23,6%) são os principais atrativos para que as pessoas entrem nas lojas e realizem suas compras, em 2025.
O ticket médio para a compra de chocolates e ovos de Páscoa em 2025, ficou em R$ 104,45, com avanço de 19,7% no valor estimado em 2022 (R$ 87,25). Espera-se que seja circulado na economia maceioense uma quantia de R$ 35,7 milhões durante as comemorações de Páscoa, que seria, mais precisamente, na segunda quinzena de abril.