26/03/2020 10h47

Temendo desemprego em massa, presidente José Carlos Lyra pede que indústrias possam funcionar

O líder empresarial, que tem o apoio dos presidentes de todos os sindicatos industriais de Alagoas

Presidente da Fiea estaca a necessidade das medidas preventivas, mas teme que o excessivo rigor acabe provocando danos sociais de efeito incalculável

 

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), José Carlos Lyra de Andrade, se diz bastante preocupado com a situação do setor produtivo que sofre com os efeitos do isolamento social imposto pelo Decreto nº. 69.501, do governo estadual, que estabelece medidas para o enfrentamento da emergência de saúde pública provocada pelo novo coronavírus.

O líder empresarial, que tem o apoio dos presidentes de todos os sindicatos industriais de Alagoas, destaca a necessidade das medidas preventivas, mas teme que o excessivo rigor acabe provocando danos sociais de efeito incalculável.

Ele receia que a inatividade do setor produtivo tenha como maior consequência um abalo severo nas finanças das empresas, obrigando-as a adotar medidas drásticas de contenção de despesas após o longo período de máquinas paradas. “Não podemos fechar tudo. Há que se permitir o funcionamento das indústrias, assegurando que seus trabalhadores estejam protegidos”, defendeu José Carlos Lyra.

Sem a retomada da produção, “o remédio será pior que a doença”, acrescenta o presidente da Federação das Indústrias de Alagoas. O empresário diz que é preciso combater o vírus, sem arruinar a economia e, consequentemente, o país.

“Temos que pensar agora como ficaremos quando tudo isso passar. Quem vai pagar a conta do desemprego provocado pelo fechamento de empresas? Ninguém pode ignorar que vai sofrer, como sempre, quem ficará sem trabalho!”, afirmou Lyra, ressaltando sua preocupação com medidas extremadas no combate ao coronavírus.

Em Alagoas, o possível aumento das taxas de desemprego, causado pela suspensão da atividade econômica, “poderá resultar no aumento dos índices de violência, no agravamento da pobreza”, acrescenta.

“O que temos que pensar é que as empresas não estão produzindo. Se não produzem não têm receita, e assim não têm como pagar seu pessoal. Não é o que queremos! Portanto, apelamos para que as ações de enfrentamento ao coronavírus não impliquem em prejuízos e riscos à indústria!”, declarou José Carlos Lyra.

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