14/05/2019 12h45

Economia desacelera, desemprego assombra e famílias fream consumo na capital alagoana, registra pesquisa

A redução ocorre pelo terceiro mês consecutivo. Entre os fatores, o aumento da insegurança dos postos de trabalho

Custo de vida em Maceió e leva população a fazer contas para fugir do endividamento

Pelo terceiro mês consecutivo houve queda no consumo dos moradores da capital alagoana, conforme indica pesquisa do Índice de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió, elaborada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Embora na variação mensal tenha ocorrido queda de 1,22%, a variação anual foi cerca de 21,45% superior ao mesmo mês do ano passado, apontando que a Páscoa foi, ao menos, de melhor venda do que o período anterior, como aponta a pesquisa.

Entre janeiro a março, os dados do Caged (elaborado pelo Ministério do Trabalho), apontam saldo positivo na geração de empregos na capital, 574 postos, embora março tenha ocorrido um revés de -127 postos. Apesar de ser um dado bastante positivo nesse primeiro trimestre, a microrregião de Maceió, que abrange Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Satuba, Paripueira, Barra de Santo Antônio e Barra de São Miguel, computa perda de 4.799 postos de trabalho. Como nessas regiões, seus consumidores acabam vindo à capital, isso explica o retrocesso do consumo entre fevereiro a abril.

“Para compreendermos com maior profundidade esse comportamento de redução do consumo dos moradores da capital, precisamos analisar algumas variáveis. Na variação mensal, houve aumento da insegurança na manutenção de seus postos de trabalho, -0,9%”, explicou o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL).

Além do aumento da insegurança dos postos de trabalho, houve redução das perspectivas de melhora profissional, em -1,8% e, piora na renda atual em comparação ao mesmo período do ano passado, em -3,8%. “Esses três fatores combinados definem aumento de incerteza, sendo assim, é natural que os indivíduos reduzam suas intenções de compra”, comentou Felippe.

As compras parceladas, em abril ante março, aumentaram 3,1%, mesmo que o nível de consumo tenha apresentado redução de 2,2%; os consumidores da capital recorreram ao crédito para consumir, fato negativo pois o endividamento exagerado poderá acarretar em inadimplência.

A perspectiva de consumo ao longo do ano apresentou queda acentuada de 5,1%, indicando que, do jeito que a conjuntura econômica está se apresentando, os indivíduos preferirão poupar ao invés de consumir. Com a queda da demanda, não apenas na capital, mas no Brasil, os preços de bens duráveis estão apresentando leve baixa, dando certo estímulo aqueles que possuem poupança, apresentando alta de 6,4%.

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