08/04/2019 10h36

Braskem se compromete a arcar com as despesas no Pinheiro, mais as indenizações por danos aos imóveis

MPE e Defesonria Pública Estadual solictaram o bloqueio de R$ 6,7 bilhões das contas da empresa para reparar os estragos causados pela exploração do sal-gema no bairro

Braskem divulga vídeo institucional prometendo arcar com a restauração do bairro do Pinheiro e os danos causados à população

Em vídeo institucional veiculado na imprensa alagoana, a Braskem informa que assinou acordo de cooperação com órgãos municipais, estaduais e federais com o propósito de implantar medidas emergenciais para amenizar os efeitos das chuvas no bairro do Pinheiro. Também se compromete arcar com todas as despesas pelos problemas no bairro, inclusive as indenizações pelas fissuras e rachaduras nos imóveis dos moradores.

Iniciativas para compensar os estragos provocados pela extração do minério sal-gema na área que abrange os bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro já foram tomadas pelo Ministério Público Estadual e pela Defesonria Pública Estadual, que solicitaram à Justiça o pedido de bloqueio de R$ 6,7 bilhões das contas da Braskem S.A.

A Justiça aceitou parcialmente o bloqueio de R$ 100 milhões das contas da Braskem, por reconhecer responsabilidade da empresa na vida da população causando danos social, psicológico e financeiro, embora ainda não tenha sido publicado o laudo conclusivo da CPRM (Serviço Geológico do Brasil).

Em entrevista nesta segunda-feira à TV Gazeta, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça, afirmou que a ação impetrada na Justiça pedindo o bloqueio de R$ 6,7 bilhões e que foi concedida em parte será objetivo de recurso.

“Vamos agravar da decisão, porque queremos o bloqueio total, de forma que as famílias sejam assistidas, já que sonhos foram destruídos. O dinheiro que foi bloqueado é muito pouco para o tamanho do problema. Está claro que os estudos de forma efetiva começaram depois do pânico instalado”, destacou o procurador-geral.

 Medidas

Entre outras medidas para atenuar a medida, a empresa cita a instalação de sistema provisório de drenagem, monitoramento por GPS dos terrenos, inspeção automatizada do sistema de drenagem, recomposição de buracos em vias públicas e o reforço no solo e instalação de sensor para medição de chuvas.

A empresa reitera que, após os estudos e apuração final das causas, se ficar comprovado que suas atividades deram causa aos problemas registrados no bairro do Pinheiro – acometido por problemas de rachaduras em casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais -, “arcará com suas responsabilidades com a sociedade alagoana, como tem feito ao longo de mais de 40 anos de atuação no estado”.

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