O final de ano repercutiu positivamente no empresário do comércio. De acordo com a pesquisa de Índice de Confiança do Empresário do Comércio realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o aumento no nível de confiança foi de 4,6% em dezembro passado. Porém, quando comparado a dezembro de 2017, houve queda de 1,3% no indicador.
Para o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), o mês de dezembro possui muitos fatores positivos. “Mais renda circula na economia e com maior velocidade. Os postos de trabalho estão em alta e inúmeros turistas nacionais e internacionais também circulam nos pátios de comércio, expandindo as vendas da região”, explica.
E o levantamento demonstra o quão positivo é esse período para os empresários do setor: o subindicador que mede a confiança atual cresceu 4,9% em comparação a novembro e foi puxado justamente pelas condições atuais da economia, que subiu 9,9% no mesmo período.
A médio prazo, o indicador que mede a expectativa, ou seja, o que o empresariado do comércio espera para os próximos meses cresceu 5,9%. Na análise do economista, a perspectiva da gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro contribuiu para essa elevação. “A troca de presidente e o viés liberal criam expectativas positivas
entre os empresários ante as ideias de flexibilização ainda maior das leis trabalhistas, promessas de redução de tributos da produção, da pessoa física e da pessoa jurídica, além da redução dos impostos de importação. Mesmo ainda muito incerto, os empresários jogam votos de confiança no recém presidente, expandindo, em 12%, comparado a novembro, a confiança dos empresários com a economia brasileira”, avalia Felippe.
Outra elevação foi percebida também na expectativa de investimento, que cresceu 2,1% em relação a novembro, sendo impulsionada pelo aumento das empresas (+2,7%). Já as contratações, como esperado, tiveram redução de -0,6%. “Nesse período já começam a ocorrer as demissões dos funcionários temporários”, observa o economista. Ainda de acordo com a pesquisa, o nível de estoques aumentou 5,6%, comparado ao mês de novembro, criando o enredo para a queima de estoques que ocorre em janeiro.