15/06/2018 10h47

Odebrecht põe a venda a Braskem e inicia negociações com a petroquímica holandesa LyondellBasell

Holding brasileira detém 50,1% das ações com direito a voto

Unidade industrial da Braskem

G1

A Braskem anunciou nesta sexta-feira (15) que sua controladora, a Odebrecht S.A., iniciou negociações para vender a totalidade da sua participação na petroquímica para a holandesa LyondellBasell.

Segundo o fato relevante divulgado pela companhia ao mercado, “as negociações estão em estágio preliminar e foi concedida exclusividade à LyondellBasell no âmbito das tratativas, que são regidas por acordo de confidencialidade”.

A Braskem informou ainda que a conclusão do negócio está sujeita, dentre outras condições, “a due diligence, negociação dos contratos definitivos e obtenção das aprovações societárias, não existindo, nesta data, qualquer obrigação vinculante entre LyondellBasell e Odebrecht S.A.”.

A Braskem é controlada atualmente pela Odebrecht, que possui 50,1% das ações com direito a voto. A Petrobras possui 47% do capital votante da petroquímica.

Em outubro do ano passado, jornal “Wall Street Journal” publicou reportagem informando que a holandesa Lyondellbasell teria feito uma aproximação para comprar o controle da Braskem. Na ocasião, a Odebrecht afirmou a intenção de manter a Braskem como parte dos investimentos do grupo.

A venda da participação da Odebrecht na Braskem ocorre em meio as dificuldades de caixa do grupo na esteira dos impactos da operação Lava Jato. A holding já de saiu de vários negócios e espera levantar ao todo R$ 12 bilhões com o seu programa de vendas de ativos  (que não inclui a Odebrecht Transport).

No final de maio, a Odebrecht S.A. anunciou acordo para receber empréstimos de R$ 2,6 bilhões junto aos maiores bancos do país e usar parte dos recursos para pagar bônus vencidos de sua construtora, perto do fim do prazo para empresa ser declarada como inadimplente.

Em valor de mercado na Bolsa, a Braskem está avaliada atualmente em cerca de R$ 33 bilhões, o que faz da companhia a 15ª maior empresa com ações negociadas na B3.

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