07/06/2018 15h27

Fundamentos da economia brasileira se deterioram e derrubam a confiança do empresário de Maceió

Mesmo assim, o nível de confiança dos empresários da capital ainda é superior ao mesmo período de 2017

 

Vendas voltam a recuar e preocupam comerciantes

A confiança do empresário de Maceió registrou queda de 0,86% em relação ao mês de abril. É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), em maio, pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Conforme o levantamento, o nível de confiança dos empresários da capital ainda é superior ao mesmo período do ano anterior, 11,09%.

Sub índices compõem o indicador geral dos empresários. O primeiro indicador tem um componente temporal de curtíssimo prazo e faz referência a percepção do empresário em relação ao próprio mês da pesquisa. Esse índice busca compreender a sensibilidade do empresário em relação à economia brasileira, do comércio da capital e da situação das empresas de comércio local e apresentou baixa de 1,57%. Os empresário notaram redução das atividades produtivas brasileiras e um movimento menor em suas lojas e do comércio em geral.

O segundo indicador diz respeito a uma linha temporal de médio prazo, buscando compreender as mesmas condições anteriormente citada. Neste aspecto a queda é ainda maior, 2,29%. Para o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, a condição política instável, as sinalizações de aumento de impostos compensatórios, a economia ainda patinando, causam elevação das incertezas dos empresários do comércio maceioense.

O último indicador diz respeito ao nível de investimentos das empresas de comércio da capital em relação à contratação de funcionários, investimento empresarial e sobre sua situação de estoques. “Neste aspecto, os empresários, no geral, estão levemente inclinados a aumentarem seus níveis de investimentos, alta de 2,12%. Como nossa pesquisa faz referência ao mês de maio, demonstra que os comerciantes investiram bem para o mês das mães”, explicou o economista.

A observação é confirmada pelos dados de empregabilidade disponibilizados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no mês de abril. A capital encerrou o mês com saldo positivo de 599 postos de trabalho. Somente o comércio foi responsável por um saldo de 138 empregos ou 23% dos empregos gerados. Já o setor de serviços apresentou saldo positivo de 307 empregos ou 51% dos empregos gerados.

Como o mês de maio foi marcado pela paralisação dos caminhoneiros nas rodovias do País, o que gerou prejuízos em diversas cadeias de produção com elevação sistemática de preços, a tendência é de que junho mantenha a tendência de queda da confiança do empresário do comércio da capital.

A pesquisa foi realizada nos últimos 10 dias de abril. Foram entrevistados 189 empresários do setor em Maceió. A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/instituto

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