21/12/2017 9h31

Compra de presentes natalinos será realidade para 60,6% dos consumidores de Maceió

A pesquisa do Instituto Fecomércio sinaliza que 19,8% dos entrevistados utilizarão o 13º salário para quitar dívidas, enquanto 15,6% pagarão despesas de início de ano

Movimento nos shoppings cresce com a proximidade do Natal

A proximidade das festas de final de ano já movimenta o comércio varejista e, segundo a pesquisa de Intenção de Compras para o Natal, do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (Instituto Fecomércio AL), devem aumentar um pouco mais, já que 60,6% dos consumidores de Maceió pretendem presentar na data.

Apesar de este desempenho ser inferior ao registrado no ano passado (72%), o momento econômico está favorável. É o que explica o assessor econômico da Federação do Comércio de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha. “Um conjunto de bons fatores se aproxima, pois o 13º salário irá injetar R$ 1,284 bilhão na renda da economia alagoana, estimulando os consumidores. Além disso, o turismo e o período de férias escolares demandam o setor de serviços. É um giro dinâmico na economia de dezembro e janeiro”, avalia.

A recuperação da economia e a redução das taxas de desemprego, tanto nacional, estadual e da própria capital alagoana, acaba motivando os empresários a contratarem temporários, a investirem na diversificação de mercadorias e serviços disponíveis.

 Vendas natalinas 

De acordo com a pesquisa, dos 60,6% dos consumidores que irão presentear, 58,42% comprarão um produto, 28,38% vão adquirir dois presentes e 6,60% terão gasto com três; mesmo percentual de entrevistados que deverão comprar de cinco ou mais presentes. As compras serão destinadas a filhos (40,92%), cônjuge (37,95%), amigos (5,94%), aos próprios compradores (5,94%) e outros (9,24%). Motivos como desemprego (24,7%) e endividamento (21,1%) foram apontados pelos 39,4% dos entrevistados que declararam que não comprarão presentes.

Ao contrário dos anos anteriores, os itens de vestuário perderam a liderança na preferência dos consumidores e ficaram em segundo lugar com 21,97%, enquanto os brinquedos, que geralmente ficavam entre a terceira e quarta posições, assumiram o posto, destacando-se como opção para 28,85%. Outras escolhas serão: perfumes/cosméticos (11,48%), cesta natalina (7,54%), calçados (6,85%), eletroeletrônicos (5,25%), livros (3,93%) e artigos esportivos (3,25%). Óculos/relógio e joias/bijuterias aparecem empatados com 2,62% da preferência, cada.

Em relação ao local das compras, quando comparado aos indicadores de 2016, os percentuais de 2017 demonstram mudança no comportamento do consumidor. As compras pela internet saíram de 2,75% (em 2016) para 11,22% (2017), um crescimento de 8 pontos percentuais (p.p). Mas crescimento considerável mesmo foi registrado na opção lojas de rua/bairro/galeria: se em 2016 apenas 0,28% disseram que comprariam nelas, este ano será bem diferente, já que serão procuradas por 15,84% dos entrevistados.

“Isso se deve porque o consumidor tem buscado alternativas do mercado, justamente devido aos preços mais baratos oferecidos nas lojas de bairro. O acesso mais facilitado por não precisar gastar com combustível ou passagem, por conta da crise gerada pelo desemprego e a redução da renda familiar. E esse comportamento acaba por estimular a economia solidária”, esclarece Felippe, acrescentando que ao longo do ano a renda familiar média decresceu R$ 600,00. Como reflexo, os shoppings serão menos procurado em relação ao ano passado, ficando com 50,17% da preferência (em 2016 foi 66,20%), seguido do Centro de Maceió com 19,80%.

De acordo com o Instituto Fecomércio, o valor entre R$ 251 e R$ 300 será gasto por 28,05% dos entrevistados, enquanto 25,08% gastarão de R$ 201 a R$ 250; 8,58% desembolsarão de R$ 51 a R$ 100; 8,25% comprarão entre R$ 101 e R$ 150; 7,26% entre R$ 151 e R$ 200; e 4,25% entre R$ 301 e R$ 400. Acima de R$ 400 será a faixa de valor para 16,83%.

Em relação ao pagamento, a pesquisa aponta que 65,35% devem pagar de forma parcelada com o cartão de crédito. A segunda opção na preferência dos consumidores será o pagamento à vista em dinheiro (21,45%), seguido pela modalidade à vista via cartão de crédito (9,9%) e no rotativo (3,3%).

Os preços lideram os motivos que levam o consumidor a entrar na loja com 41,58%, seguidos da praticidade (11,55%), promoções (9,81%), proximidade (5,81), conforto (4,95%), variedade (2,64), qualidade de produto (2,31%) e recepção dos vendedores (1,65%). Já 19,80% disseram que saem de casa sabendo onde comprarão.

Décimo terceiro 

Assim como nos anos anteriores, o levantamento do Instituto Fecomércio sinaliza como os consumidores pretendem utilizar o 13º salário. Do universo de entrevistados, 74% afirmaram receber o adicional, enquanto 26% disseram que não.

Entre os que terão a gratificação, 26,83% pagarão contas em atrasa; 23,04% ainda não sabem como utilizarão; 21,14% pretendem pagar despesas de início do ano, como IPTU e escola; 8,67% farão compras natalinas; 8,40% viajarão ou aproveitarão nas férias e 6,50% investirão em reforma residencial, enquanto 5,15% vão poupar parte do valor.

 Perfil 

A pesquisa foi realizada no período de 29 de novembro a 4 de dezembro de 2017, em ambientes de consumo de grande circulação. Foram entrevistados homens e mulheres maiores de 18 anos e economicamente ativos. Do total, 53% foram do sexo feminino e 47% do masculino.  A maior parte dos entrevistados tinha de 25 a 34 anos (42%), sendo a segunda maior faixa a compreendida entre 35 e 44 anos (37%). Apenas 11% tinham 45 ou mais.

Quanto ao nível de escolaridade, 76,4% tinham nível superior, 15,2% nível médio, 7,5% ensino técnico e 1% pós-graduação. A maioria ganha de 2 a 5 salários mínimos (68,8%). Apenas 1% dos que ganham 1 salário mínimo reservará dinheiro para as compras natalinas.

 A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/instituto.

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