06/03/2017 10h12

Pesquisa aponta aumento no consumo em Maceió

Carnaval foi responsável pelo o aumento do consumo no mês de fevereiro

Comércio apresenta pequena melhora

Em fevereiro, houve um aumento na intenção de consumo da população de Maceió de 1,29%, o que demonstra uma maior procura por bens duráveis, semi-duráveis e não-duráveis. Embora o ritmo de vendas, em 2016, foi superior. A intenção de consumo deste ano foi 3,78% menor em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), realizada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas.

O Carnaval, mesmo sem ter sido realizado em vários municípios alagoanos, movimentou o mercado imobiliário, o consumo de bebidas em geral, a demanda por alimentos, petiscos e a compra de fantasias.

Segundo a pesquisa, os consumidores – com renda acima de 10 salários mínimos – contribuíram para o aumento do consumo em 1,4% em relação ao mês anterior e 40,72% acima do mesmo mês do ano anterior. Já os que recebem menos de 10 salários aumentaram o consumo em 1,23% a mais do que em janeiro, mas reduziram em 7,01% em relação ao ano passado.

Segundo o assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, a melhora do consumo para o mês de fevereiro deve-se ao controle dos gastos dos trabalhadores de Maceió. Sobre a segurança do emprego atual, a população se sente 0,5% mais segura do que em janeiro. Os indicadores de atividade econômica têm melhorado os incentivos a busca de emprego e os já empregados sentem perspectivas de acréscimo de salários e promoção, havendo uma melhora de 3,9% em relação ao mês anterior.

A renda atual teve uma leve sensação de aumento de poder de compra (0,7%) em relação ao mês anterior. Para Felippe, os níveis de preço mais estabilizados ajudam a controlar mais os gastos. “Incentivando a população a perceber o consumo supérfluo. Com isso, a renda migra para alimentação e vestuário”, explicou.

Mesmo com a redução de 12,25% da taxa de juros SELIC – que incentiva apenas aos empresários a retornar seus investimentos produtivos – o acesso ao crédito ainda está restrito para toda a população, o que ressalta a resistência dos bancos em liberar o crédito para expansão do consumo, havendo assim, uma redução de 2,3% em relação ao mês anterior. O resultado é a redução dos incentivos para aquisição de produtos por meio do crédito.

Em conjunto com a evolução dos preços de 2015 e 2016, do desemprego e do achatamento dos salários, faz com que população sinta um consumo menor em relação aos anos anteriores. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a redução corresponde a 6% em seus níveis de consumo. Quando observado por salários, há uma diminuição de 7,5% para quem recebe menos de 10 salários mínimos, mas um aumento de 4,8% para quem recebe mais de 10 salários mínimos.

Todos os consumidores acreditam que o consumo desse primeiro semestre de 2017 será, pelo menos, 5,9% superior ao primeiro semestre do ano passado. “Por isso, tem começado a se tornar um bom momento para o consumo de bens duráveis. Neste ponto, houve um aumento de 5,6% em relação ao mês anterior”, afirmou o assessor econômico.

De acordo com Felippe, as condições da economia, dos pacotes econômicos, dos índices de inflação e das taxas de juros SELIC têm alavancado aos poucos as expectativas tanto dos empresários quanto dos consumidores. “Por enquanto são ainda apenas incertezas que não tem demonstrado efeito concreto na economia e em sua atividade, mas já refletem um indicativo de aumento de consumo que pode se transformar em um pequeno incentivo para os empresários investirem produtivamente”, frisou.

A pesquisa foi realizada nos últimos dez dias de janeiro e tem por objetivo compreender a dinâmica sobre o consumo dos cidadãos, em relação aos bens duráveis e não duráveis e suas expectativas de aquisição de produtos no período e para os próximos meses.

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