09/02/2017 10h42

Dieese aponta Maceió como a 13ª capital com cesta básica mais cara do Brasil

Entre os produtos que mais impactaram no valor da cesta básica estão café, óleo de soja, farinha de mandioca, feijão, leite integral e batata

Preço no varejo continua em alta

Maceió tem 13ª cesta básica mais cara entre as capitais, conforme publicação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), ontem (7). Segundo o Departamento, o custo de produtos básicos ligados à alimentação essencial diminuiu em 20 das 27 capitais pesquisadas. Em Maceió, o valor médio da cesta corresponde a R$ 391,26. Para quem recebe um salário mínimo (R$ 937,00), o valor da cesta básica equivale a 45,39% do salário líquido, ou seja, considerando o desconto dos impostos. A compra dessa cesta representa 91 horas de trabalho.

De acordo com o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, Maceió, apresenta a maior variação dos últimos 12 meses dos preços da cesta básica com a taxa de 15,99%. Seguida de Fortaleza (11,89%) e Belém (8,52%). “A explicação se deve ao aumento dos preços do café, óleo de soja, farinha de mandioca, feijão, leite integral e batata, produtos essenciais na cesta dos brasileiros”, observou o economista.

Felippe afirmou que o café, ao longo de 2016, aumentou em média 13,65%. Já o óleo de soja, registrou um crescimento no valor de até 22% e a farinha de mandioca de 35%, nas capitais do Norte e Nordeste.

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio também realiza coleta mensal de preços na capital de Alagoas. Por não haver os dados do Índice de Preços de janeiro, a Fecomércio não comparou os últimos 12 meses, mas apenas do ano inteiro de 2016. Dessa forma, o preço médio da cesta básica, em janeiro de 2016, foi de R$ 302,42. Enquanto que, o preço computado em dezembro do mesmo ano passou para R$ 329,12, ou seja, um acréscimo de 8,82% ao longo de 2016. “Se atualizarmos para o salário mínimo líquido de 2017 (R$ 862,04), o trabalhador acaba comprometendo cerca de 38,17% de sua renda”, declarou o assessor da Federação.

Segundo a Secretaria, os vilões do aumento da cesta básica seriam o feijão (26,49%), seguido pelo açúcar (20,53%) e o arroz (19,42%) ao longo do ano de 2016. “A influência do aumento foi devido às secas que assolam o Nordeste e ao aumento dos custos de transporte e distribuição das mercadorias”, explicou.

Ao considerar o levantamento do Dieese, a cesta básica mais cara está em Porto Alegre (RS), em média, R$ 453,67. O menor custo está em Rio Branco, por cerca de R$ 335,15.

 

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