04/04/2016 10h40

Estudos de campo justificam viabilidade da Embrapa em Alagoas. Valor do investimento é de R$ 50 milhões

Resultados validam a proposição do ano de 2014 de autoria do deputado estadual Inácio Loiola (PSB) de reivindicação de implantação de um centro de pesquisa no Estado aprovada na Assembleia Legislativa

Pesquisadores Flávio Veloso, Antônio Santiago e Tenisson Waldow conversam com o deputado estadual Inácio Loiola

Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) durante estudos realizados há mais de um mês em diferentes regiões do Estado colheram informações e dados que reforçam a viabilidade da existência do centro de pesquisa em Alagoas. Os resultados ainda preliminares foram apresentados ao deputado estadual Inácio Loiola (PSB), autor de proposição votada e aprovada na Assembleia Legislativa em 2014, que defende a implantação da Embrapa. O valor do investimento é de cerca de R$ 50 milhões.

Uma vez demonstrada pelos técnicos que o Estado de Alagoas precisa e comporta um centro de pesquisa e serviços cabe a classe política trabalhar e agir no sentido de cobrar do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, o apoio para a abertura de uma unidade que vai trazer conhecimentos e tecnologias para os setores ligados à atividade rural, destacou Inácio Loiola, em discurso proferido nesta quinta-feira, no plenário da Casa Tavares Bastos.

O deputado estadual prometeu mobilizar a bancada estadual e federal e mais o governador Renan Filho no sentido de primeiro mostrar aos integrantes do Conselho de Administração da Embrapa que há respaldo técnico que justifica a instalação do centro de pesquisa da Embrapa no Estado. Superado essa etapa, o segundo passo é fazer gestão junto à União para liberar os recursos para viabilidade do empreendimento. “No País, há 48 centros, e já chegou a hora de Alagoas ter o seu”. A Embrapa é responsável pelo Brasil ser o celeiro do mundo na produção de alimentos contribuindo para o superávit da balança comercial.

O pesquisador da Embrapa João Flávio Veloso e mais três profissionais constataram a necessidade de criação do centro de pesquisa. As viagens realizadas nas regiões do Canal do Sertão, Arapiraca, Delmiro Gouveia e Baixo São Francisco mostram que existem demandas e ao mesmo tempo potencialidades que justificam a instalação da Embrapa em Alagoas. Entretanto, essa decisão fica sob responsabilidade do Conselho de Administração em Brasília. “Nossa parte é colher informações e impressões e repassar para eles (o conselho)”, declarou.

Além das questões técnicas, o também pesquisador da Embrapa, Tenisson Waldow, disse que estão sendo avaliadas áreas para a instalação do futuro centro de pesquisa. Pois, o espaço precisa ser amplo e de acesso rápido para facilitar a mobilidade da equipe. Cada centro pode vir a ter cerca de 500 pessoas. Um número expressivo de pessoas que estarão focadas em produzir conhecimentos que vão além das fronteiras de Alagoas. Serão úteis para a população de todo o Nordeste e o País.

“Não tenho dúvidas de que viabilizada a construção do centro de pesquisa e serviços da Embrapa em Alagoas, toda a região vai ganhar porque a sociedade (entidades e instituições), em particular o segmento rural produtivo, vai dispor de ferramentas tecnológicas que certamente ajudarão a aumentar a produção e a renda para o homem do campo e promover desenvolvimento regional”, declarou o pesquisador da Embrapa, Antônio Santiago.

Hoje, Alagoas tem apenas uma unidade da Embrapa (Rio Largo) que está ligada à Embrapa de Pesquisa dos Tabuleiros Costeiros localizada em Sergipe, cuja área de atuação chega apenas a Palmeira dos Índios não cobrindo demais regiões do Estado.

Embrapa Alagoas será um centro de pesquisa agropecuária e de serviços

 

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