Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) durante estudos realizados há mais de um mês em diferentes regiões do Estado colheram informações e dados que reforçam a viabilidade da existência do centro de pesquisa em Alagoas. Os resultados ainda preliminares foram apresentados ao deputado estadual Inácio Loiola (PSB), autor de proposição votada e aprovada na Assembleia Legislativa em 2014, que defende a implantação da Embrapa. O valor do investimento é de cerca de R$ 50 milhões.
Uma vez demonstrada pelos técnicos que o Estado de Alagoas precisa e comporta um centro de pesquisa e serviços cabe a classe política trabalhar e agir no sentido de cobrar do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, o apoio para a abertura de uma unidade que vai trazer conhecimentos e tecnologias para os setores ligados à atividade rural, destacou Inácio Loiola, em discurso proferido nesta quinta-feira, no plenário da Casa Tavares Bastos.
O deputado estadual prometeu mobilizar a bancada estadual e federal e mais o governador Renan Filho no sentido de primeiro mostrar aos integrantes do Conselho de Administração da Embrapa que há respaldo técnico que justifica a instalação do centro de pesquisa da Embrapa no Estado. Superado essa etapa, o segundo passo é fazer gestão junto à União para liberar os recursos para viabilidade do empreendimento. “No País, há 48 centros, e já chegou a hora de Alagoas ter o seu”. A Embrapa é responsável pelo Brasil ser o celeiro do mundo na produção de alimentos contribuindo para o superávit da balança comercial.
O pesquisador da Embrapa João Flávio Veloso e mais três profissionais constataram a necessidade de criação do centro de pesquisa. As viagens realizadas nas regiões do Canal do Sertão, Arapiraca, Delmiro Gouveia e Baixo São Francisco mostram que existem demandas e ao mesmo tempo potencialidades que justificam a instalação da Embrapa em Alagoas. Entretanto, essa decisão fica sob responsabilidade do Conselho de Administração em Brasília. “Nossa parte é colher informações e impressões e repassar para eles (o conselho)”, declarou.
Além das questões técnicas, o também pesquisador da Embrapa, Tenisson Waldow, disse que estão sendo avaliadas áreas para a instalação do futuro centro de pesquisa. Pois, o espaço precisa ser amplo e de acesso rápido para facilitar a mobilidade da equipe. Cada centro pode vir a ter cerca de 500 pessoas. Um número expressivo de pessoas que estarão focadas em produzir conhecimentos que vão além das fronteiras de Alagoas. Serão úteis para a população de todo o Nordeste e o País.
“Não tenho dúvidas de que viabilizada a construção do centro de pesquisa e serviços da Embrapa em Alagoas, toda a região vai ganhar porque a sociedade (entidades e instituições), em particular o segmento rural produtivo, vai dispor de ferramentas tecnológicas que certamente ajudarão a aumentar a produção e a renda para o homem do campo e promover desenvolvimento regional”, declarou o pesquisador da Embrapa, Antônio Santiago.
Hoje, Alagoas tem apenas uma unidade da Embrapa (Rio Largo) que está ligada à Embrapa de Pesquisa dos Tabuleiros Costeiros localizada em Sergipe, cuja área de atuação chega apenas a Palmeira dos Índios não cobrindo demais regiões do Estado.