16/03/2015 15h56

Endividamento do maceioense atinge nível mais baixo dos últimos 12 meses

Em fevereiro, comprometimento da renda com dívidas ficou abaixo do liimite prudencial de 30%

Consumidor reduz compras e diminui endividamento
 

Todos os indicadores de endividamento do consumidor da capital alagoana reduziram no mês de fevereiro, comparando-se com janeiro. O resultado foi apontado pela  Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e avaliada pelo Instituto Fecomércio/AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD).

Entre os dois primeiros meses do ano, o Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) recuou 1,4% e atingiu 63,6% dos entrevistados. A média desses meses é de 64%; menor do que a verificada no ano passado, de 67,3%.

A pesquisa considera o comprometimento da renda mensal do entrevistado e de sua família com dívidas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros. Dentre os endividados, 22,5% disseram estar muito endividados, 17,3% acreditam que estão mais ou menos endividados e 23,8% afirmaram não ter dívidas. Já 36,4% falaram que não tinha dívidas desse tipo.

As dívidas nos cartões de crédito continuam liderando o endividamento do consumidor (85,3%), seguido dos carnês de lojas (8,9%), crédito pessoal (4%), financiamento de casas (3,5%) e financiamento de veículos (3,3%). E, pela primeira vez em 12 meses, o nível de comprometimento da renda com pagamento de dívidas ficou abaixo do limite prudencial de 30%, alcançando 29,9%.

Também houve recuo no percentual de consumidores com dívidas atrasadas, que registrou um percentual de 20,2% (em janeiro, o índice alcançou 21,8%).  Comparando com o mesmo mês do ano passado essa taxa recuou 13%. Na média de 2015, o índice é 21%; resultado abaixo do verificado para todo o ano de 2014, que foi de 21,7%.

A taxa de inadimplência igualmente recuou para 11,8% dos entrevistados que afirmaram possuir algum tipo de dívida em atraso. E, depois de nove meses consecutivos de crescimento, a inadimplência diminuiu 5%. Apesar da queda, quando comparado com fevereiro de 2014 (4,3%), esse resultado ainda é maior.

Segundo análise do Instituto Fecomércio AL, os números de fevereiro devem ser comemorados, pois pela primeira vez num período de 12 meses os índices recuaram em conjunto. Esse movimento pode ser associado às políticas econômicas restritivas adotadas pelo governo federal, as quais já são responsáveis por expectativas mais conservadoras. Além disso, a perda do dinamismo na geração de empregos sinaliza para os consumidores maior prudência na gestão de seus orçamentos e dívidas.

A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/

 

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