20/02/2015 16h12

Cinturão Verde da Braskem recebe certificado ambiental da Unesco

Desde 2006, espaço é reconhecido como área de preservação ambiental da Mata Atlântica e pelo trabalho de educação com crianças e comunidade

Cinturão Verde da Braskem sempre ajudando a sustentabilidade do meio ambiente

 

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) renovou, nesta quinta-feira (12), a certificação do Cinturão Verde da Braskem como posto avançado de reserva da biosfera da Mata Atlântica. Desde 2006, o espaço recebe este reconhecimento internacional devido a seu trabalho de preservação e educação ambiental com crianças, jovens e a comunidade.

O certificado foi entregue na sede do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA), durante a manhã, pelo vice-presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Afrânio Menezes e pelo presidente do IMA, Gustavo Lopes, ao gerente de Marketing e Relações Institucionais da Braskem, Milton Pradines, e ao gestor do Cinturão Verde, Mário Calheiros, que expressaram grande satisfação.

“Há 27 anos, aquele espaço era um aterro, então começamos o trabalho de recuperação. Já foram plantadas mais de 300 mil árvores de 200 espécies e instalado um criadouro conservacionista da fauna silvestre, em parceria com o Ibama. Ver que o Cinturão Verde se consolidou como um centro de educação ambiental é muito gratificante”, comemorou Mário Calheiros, engenheiro agrônomo de formação e integrante do projeto desde seu início.

O Cinturão Verde é o único espaço de conservação ambiental dentro da cidade de Maceió e tem uma extensão total de 150 hectares, 200 mil metros quadrados, e se estende do Pontal da Barra ao Trapiche, dos quais 20 hectares correspondem à área murada do Centro de Educação Ambiental.

Cumpre, assim, um importante papel na formação ambiental básica e profissional de crianças e jovens, que, da escola à universidade, encontram ali a oportunidade de conviver com exemplares da fauna e flora nativa do Brasil e até plantas trazidas de outros países como a Austrália.

Para o vice-presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a renovação do certificado de área de preservação pela terceira vez consecutiva reforça a importância do trabalho realizado pela Braskem no Cinturão Verde.

“Não só a preservação da biosfera, mas também todo o trabalho de educação ambiental que é feito ali. Desde as crianças nas escolas ao trabalho exercido com a comunidade local, por meio dos Pescadores de Mel e incentivo ao artesanato sustentável. E ainda atividades como a cessão de espaço para o Comitê Gestor das Bacias Hidrográficas do Complexo Manguaba-Mundaú, por exemplo”, afirmou Afrânio Menezes.

A certificação

Com validade de quatro anos, a certificação como posto avançado de preservação é concedida e renovada pelo Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, após análise por uma comissão de especialistas e aprovação em assembleia.

Foi concedida ao Cinturão Verde da Braskem pela primeira vez em 2006 e tem sido renovada desde então, sendo o único espaço do tipo dentro da cidade de Maceió – os demais estão em usinas e no interior de Alagoas – e aberto à visitação através de agendamento.

O Cinturão Verde

A estrutura do Centro de Educação Ambiental do Cinturão comporta, em seus 20 hectares, o prédio administrativo com as salas de treinamento e auditório para 70 pessoas, o criadouro conservacionista da fauna silvestre, utilizado pelo Ibama para reintrodução de animais feridos ou resgatados do comércio ilegal, e boa quantidade de vegetação recuperada da Mata Atlântica.

Abriga a única hidroponia-escola de Alagoas, voltada para a educação e desenvolvimento econômico sustentável, que ensina como produzir alimentos sem agrotóxicos ou defensivos agrícolas e economizando 90% de água em relação a um plantio comum – despertando a atenção de diversas prefeituras e associações de produtores, como o projeto Pimenta da Tapera, iniciado há nove anos, em parceria com a ONG Eco Engenho e hoje um caso de sucesso no município de São José da Tapera.

Além disso, cede espaço para o comitê gestor das lagoas Manguaba e Mundaú e para uma base da Associação dos Produtores da Própolis Vermelha de Alagoas (Uniprópolis), que cultivam mel e derivados através do projeto Pescadores de Mel. Eles ainda aproveitam a estrutura do apiário-escola para cursos de capacitação e transferência de tecnologia para a produção.

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