Comércio registra queda no endividamento do consumidor

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), aponta que o nível de endividamento do consumidor da capital alagoana recuou 3,9% em novembro.

De acordo com o levantamento, o Índice de Endividamento do Consumidor (IEC) diminuiu pela quinta vez consecutiva. Em novembro, o indicador alcançou 64,6% do total dos consumidores pesquisados, contra 67,2% registrado em outubro.

Comparando novembro de 2014 com o de 2013, o endividamento diminuiu 7%. Isso demonstra, mais uma vez, que os indicadores de endividamento no ano de 2014 são melhores do que os registrados em 2013. Até o momento, a média do anual do IEC atinge 67,6%, permanecendo abaixo da registrada ano passado (74%).

Em contrapartida, após três meses mantendo-se estável, o percentual de consumidores com dívidas atrasadas cresceu, saindo de 20,3% registrado em outubro para 22,2%, em novembro. Apesar do aumento, a taxa de consumidores com dívidas atrasadas é 35% menor quando se compara o intervalo de um ano.

O aumento registrado no indicador de dívidas atrasadas refletiu na taxa de inadimplência, a qual se situou acima dos 11% dos entrevistados de novembro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, esse índice é 28% superior. A média de 2014 ainda é inferior à verificada em 2013: 7,3% contra 7,8%.

Segundo o Instituto Fecomércio, os números gerais do endividamento do consumidor de Maceió pioraram em novembro. Apesar da queda no nível de consumidores com dívidas, o percentual de endividados com contas em atraso aumentou, impactando diretamente na taxa de inadimplência e podendo influenciar de forma direta o nível de consumo das famílias, gerando impactos negativos no volume de vendas do final de ano no comércio varejista.

Cartão

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores (82,9%), seguido dos carnês de lojas (9,3%) e financiamento de carros e casas (4% e 2,7%, respectivamente). Porém, o nível de dívidas contraídas no cartão de crédito vem diminuindo, uma vez que nesta mesma época do ano passado, este indicador passava de 90%. Considerando o limite prudencial de 30% da renda para pagamento de dívidas, as famílias ultrapassaram um pouco ao comprometerem 33,3% de suas rendas.