10/09/2014 10h23

Intenção de consumo cai pelo segundo mês consecutivo em Maceió

Redução afetou mais as famílias que ganham até dez salários mínimos

Comércio varejista de Maceió registra desaceleração nas vendas
Pelo segundo mês consecutivo, a pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) indica queda nas expectativas de compra dos consumidores da capital alagoana. Realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (IFEPD), a pesquisa avaliou um universo de 500 famílias.
Em agosto, o ICF alcançou 130,6 contra 135,3 pontos em julho, registrando queda de 3,4%. Em comparação com agosto de 2013, o recuo foi de 4,8%. Na média de 2014, o ICF registra 133,6 pontos, com expectativa de aproximação do resultado verificado ano passado (134,6 pontos). Desde o último resultado positivo, quando marcou 138,1 pontos em junho, o índice já reduziu 5,4%.
A redução de consumo afetou mais as famílias que ganham até dez salários mínimos. Nessa faixa salarial, o índice alcançou 128,5 pontos, o que representa uma queda de 3,6% em relação a julho; mês que marcou 133,4 pontos. Já entre as famílias que ganham entre dez ou mais salários mínimos, a intenção de consumo obteve variação de – 0,8%.
Para o Instituto Fecomércio AL, provavelmente os principais motivos para o recuo na intenção de compras das famílias da capital são o crescimento do nível de inadimplência e as expectativas negativas em relação ao futuro em razão do clima político de véspera de eleições nacionais.
Outro dado apontado pela pesquisa foi a queda na situação de renda atual. Em agosto, o indicador registrou 133,8 pontos; uma redução percentual de – 4% quando comparado aos 139,8 pontos de julho. Assim como aconteceu em julho, o indicador da perspectiva profissional registrou redução, saindo de 116,6 (julho) para 102,7.
Na composição do ICF de agosto, os índices que variaram positivamente foram a compra de bens duráveis (4%) e acesso ao crédito (1%). Já os que variaram negativamente e, dessa forma, contribuíram para a queda do indicador foram: situação do emprego (-3%); nível de consumo atual (-1%) e perspectiva de consumo (-1%), além da situação da renda atual (-4%) e da perspectiva profissional (-12%).
Os dados desta pesquisa podem ser acessados na íntegra através do site do IFEPD: www.fecomercio-al.com.br/ifepd

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