10/07/2014 14h54

Custo de vida na capital alagoana apresenta queda, mas preço da cesta básica sobe 1,2%

Custo da habitação e moradia foi destaque do recuo do custo de vida do maceioense

Preço dos produtos nos supermercados ainda continua alto

Rafaela Pimentel

O custo de vida em Maceió apresentou uma redução no mês de junho. Segundo a pesquisa do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), divulgada pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) nesta quinta-feira (10), a variação foi de 0,23%, em relação ao mês de maio.

Em 2014, o mês de junho foi destaque com a maior baixa do índice de inflação em artigos de residência e habitação. Isso se deu porque, embora o valor do botijão de gás tenha crescido 3,45%, produtos como refrigerador e televisor, que são os grandes carros-chefes do grupo, não tiveram crescimento considerável. O custo do aluguel também diminuiu, tendo em vista o recuo de 1,41% e 0,39%, nos Índices de Preço por Atacado (IPA) e Preço do Consumidor (IPC), respectivamente,

Contrapondo esse cenário, quatro subgrupos tiveram aumento significativo em junho: o de cereais, influenciado pelo crescimento inflacionário do feijão, com 0,44%; farinhas (0,39%); panificados (0,47%) e tubérculos (0,50%). Inseridos nesse quadro, o tomate (1,22%) e os doces (0,71%) foram alguns dos produtos com forte tendência de alta e com reflexos diretos nos índices dos preços.

Outro setor que sofreu alteração nesse período foi o de vestuário, com variação de 0,41% no mês, sobretudo no valor da calça masculina (0,32%), feminina (0,77%) e infantil (0,95%). “Essa mudança acontece, principalmente, com a chegada do inverno. A população acaba optando por roupas mais quentes e como consequência a inflação acaba aumentando de forma considerável”, explicou o gerente do IPC da Seplande, Gilvan Sinésio.

Com a chegada da Copa do Mundo, um setor sofreu mais diretamente com o evento. As passagens aéreas apresentaram um aumento de 6,41%. Contudo, a variação não chegou a alterar o grupo de transportes, visto que os outros itens tiveram pouco ou nenhum crescimento. Já os produtos dermatológicos, influenciou negativamente o grupo de saúde, com crescimento inflacionário de 11,18%.

Cesta Básica - Ainda de acordo com a pesquisa realizada, o preço da cesta básica expressou um acréscimo de 1,2%, em relação ao mês anterior. “Essa alteração ocorreu porque os produtos porque os produtos presentes na cesta tiveram um aumento em junho, como o leite (0,41%), o feijão (1,09%), arroz (0,5%), tomate (1,22%) e a banana (0,87%)”, destacou Gilvan Sinésio.

A compra dos itens básicos da alimentação comprometeu em 36,83% o salário mínimo, o que representa um total de R$ 266.66,00. Esse índice representa um aumento de 0,48% comprado a maio.

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