20/06/2014 9h34

Índice de endividamento se eleva no mês de maio em Maceió

Apesar do aumento, média anual de inadimplência está abaixo da média de 2013

Consumidores sinalizam intenção de reduzir as compras por causa do endividamento

O nível de endividamento do consumidor da capital alagoana se elevou pelo quarto mês consecutivo em maio. Os dados são da pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e análise do Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD).

O Índice de Endividamento do Consumidor (IEC), na capital alagoana, cresceu 2% em maio se comparado a abril, subindo de 71,2% para 72,6%. Apesar de crescer novamente, sua variação em maio com relação a abril foi menor que a verificada entre abril e março (3,3%), demonstrando uma desaceleração no ritmo de endividamento do consumidor. O percentual de consumidores com dívidas atrasadas apresentou novo crescimento, atingindo 23,6% dos entrevistados, uma evolução de 9,8% se comparado ao mês anterior.

Comparando maio deste ano com o mesmo período do ano passado, o IEC é 8% menor que o registrado em 2013 (72,6% contra 78,5%), continuando abaixo do nível registrado ano passado. Já a taxa de consumidores com dívidas atrasadas é 9% menor em 2014. Na média, 2014 alcançou 21,8%, contra 29,2% verificados em todo ano de 2013.

Por sua vez, a taxa de inadimplência também cresceu em maio. O quinto mês do ano alcançou 5,7% contra 5,4% registrados em abril, portanto uma elevação de 5,6% neste índice. Comparando este mesmo mês no ano passado, o resultado foi bem melhor, atingindo 5,7%, em 2014, contra 6,7%, em 2013. Na média, no ano da Copa no Mundo no Brasil a taxa de inadimplência atinge 5,3%, contra 7,8% registrada em 2013.

O cartão de crédito lidera o tipo de dívida mais comum entre os consumidores da capital alagoana (85,9%), seguido dos carnês de lojas (10,6%) e financiamento de casa (6,3%).

As famílias que ganham mais de dez salários mínimos foram as que mais utilizaram e se endividaram com cartões de crédito, 86% dos pesquisados. Com exceção das dívidas com carnês de lojas, em todas as demais modalidades de endividamento, são as famílias com maior poder aquisitivo que lideram estes índices.

 

ANÁLISE

Segundo o Instituto Fecomércio AL de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), os números gerais do endividamento do consumidor da capital alagoana ainda continuam melhores que ano passado. Eles se elevaram em relação a abril em decorrência do Dia das Mães, quando muitos consumidores saem às compras no comércio local e também fazem uso dos serviços como restaurantes. Portanto, os dados não indicam motivos para grandes preocupações por parte tanto dos comerciantes quanto dos consumidores em geral.

Considerando o limite prudencial de 30% da renda que deve ser comprometida com dívidas, na média, a família da capital alagoana conseguiu ficar um pouco acima (32,7%). Em maio, as famílias que mais comprometeram renda com pagamento de dívidas e encargos foram as que ganharam mais de dez salários mínimos (33,8%). A pesquisa completa está disponível no endereço www.fecomercio-al.com.br/ifepd/.

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