11/02/2014 15h51

Pesquisa aponta crescimento no custo de vida em Maceió. Educação puxou a alta nos preços em janeiro

Período de matrícula escolar foi um dos principais fatores que impulsionaram o índice

Material escolar puxou a inflação no mês de janeiro

Pedro Mesquita/Assessoria

Por mais um mês consecutivo, o custo de vida em Maceió subiu. De acordo com os números divulgados pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), no primeiro mês do ano, o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) aumentou 0,39% em relação a dezembro de 2013.

Os dados apontam que a maior variação percentual foi no grupo educação, que atingiu 1,37% de aumento. O grupo é dividido em quatro subitens: cursos regulares, leitura, papelaria e cursos diversos. Cada um teve variação percentual positiva de 1,67%, 0,71%, 0,46% e 0,73%, respectivamente.

Apesar de apresentar um índice de 0,52% de crescimento – menor que o grupo educação – a parte de alimentação e bebidas teve a maior interferência dentro do cálculo geral do custo de vida. Segundo o gerente do IPC Seplande, Gilvan Sinesio, a alimentação cresceu principalmente por conta da carne.

“A seca no Sertão alagoano acaba dificultando a nutrição do gado e o produtor esbarra em muitas dificuldades para manter o mesmo ritmo, assim, a oferta acaba ficando menor do que a demanda e o preço sobe”, explica.

Já na parte de educação, Sinesio enfatiza que o período de matrícula escolar é uma das circunstâncias mais relevantes para a variação positiva. “Janeiro é o momento em que os pais pagam matrícula, compram materiais escolares, fardamento, todos esses itens ficam mais caros, já que a procura é enorme no mês”, completa.

A pesquisa ainda comprova outras elevações, como no setor de artigos de residência (0,57%), vestuário (0,48%), transporte (0,35%), saúde e cuidados pessoais (0,25%) e habitação (0,19%).

Cesta Básica - Na cesta básica, o feijão assumiu a liderança da valorização, pois chegou a um índice positivo de 0,86%. O tomate, antes vilão das donas de casa, apresentou queda de 0,32% no mês de janeiro. O leite também caiu e representou um saldo negativo de 0,06%. Já o óleo (0,71%), o arroz (0,56%) e o pão francês (0,49%.) ficaram entre as maiores subidas.

Apesar do valor da cesta básica sofrer aumento, o salário mínimo entrou no mesmo ritmo. Desde 1º de janeiro, os trabalhadores tiveram um incremento de R$ 56 na remuneração. Desta forma, houve um decréscimo no percentual que aponta o comprometimento da renda para a compra da cesta básica, que foi de 34,86% do salário mínimo em janeiro, contra 35,85% em dezembro do ano passado.

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