10/02/2014 14h36

Ministério do Transporte autoriza licitação para pavimentação da BR-316 no trecho Carié-Inajá

Novo acesso levará desenvolvimento para produtores do Alto Sertão

Rodovia Carié-Inajá ainda continua abandonada pelo poder público
 

O Ministério dos Transportes finalmente atendeu o pleito do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal), Álvaro Almeida, que pediu ao governo federal a pavimentação asfáltica do trecho localizado entre o povoado Carié, em Canapi, até o povoado Poço Grande, em Mata Grande. A péssima condição do trecho de 48 quilômetros da BR-316, que liga os dois municípios e vai até Inajá, em Pernambuco, é um problema antigo que impede o desenvolvimento social e econômico da região.

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) autorizou – em ofício publicado no dia 21 de janeiro deste ano – o início do processo licitatório para a reconstrução do trecho. Desde 2007, a federação da agricultura e o governo do Estado – que também demonstrou apoio à causa – pediam a sensibilidade sobre a importância que o trecho iria trazer à economia de Alagoas. O recurso para as obras de pavimentação estava orçado, mas como o projeto havia sofrido modificações, a reconstrução necessitava de apoio político.

Álvaro Almeida comemorou o avanço das reivindicações e afirmou que quem ganha com isso é o pequeno e médio produtor rural. “Há seis anos a sociedade ressaltava a importância da rodovia para a comunidade do Sertão, e com a ajuda do governo do Estado e autoridades políticas, nosso alerta foi atendido. Para o produtor se desenvolver, ele precisa escoar a produção, e foi nisso que pensamos”, disse Álvaro.

Localizada entre os povoados de Carié e Poço Grande, a região possui grande potencial econômico na bovinocultura do leite, criação de caprinos, na agricultura irrigada e outras culturas. Os municípios também vêm se destacando pela rica produção de recursos minerais, a exemplo de Mata Grande, onde empreendedores receberam a licença de operações do Ibama para explorar rochas carbônicas, de grande utiidade na produção do petróleo.

 

Luta é antiga

Exatamente no dia 04 de junho de 2007, a Federação da Agricultura e Pecuária solicitou – através de ofício – a pavimentação asfáltica do trecho Carié-Inajá. O documento foi enviado à superintendência regional em Alagoas, que deu resposta rápida diante da solicitação, mas a reconstrução ainda estava longe de acontecer.

Segundo o documento, que à época foi destinado ao superintendente do DNIT em Alagoas, o órgão estava analisando o projeto para a execução da obra, e também havia contratado uma empresa para avaliar os possíveis impactos ambientais na região. A má notícia – constava no mesmo ofício – é que o Estado não tinha orçamento destinado ao projeto de construção.

Sete anos depois, a diretoria executiva do DNIT, em ofício enviado ao Ministério dos Transportes, autoriza o processo para o início da reconstrução da via, fato tão esperado pela Faeal e pelos produtores alagoanos.

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