05/07/2013 12h25

‘Como salvar o rio São Francisco da morte certa?’ é tema de palestra do engenheiro João Alves, no VIII CEP

Rio São Francisco começa a dar sinais de morte. Avanço do mar sobre o Velho Chico na região da Foz é o primeiro exemplo

Deputado estadual Inácio Loiola participa do 8 CEP em Maceió

Valdi Junior/VALOR MERCADO

“Como salvar o rio São Francisco da morte certa”? foi o tema proferido pelo engenheiro civil João Alves Filho, prefeito de Aracaju, na palestra de abertura do VIII Congresso Estadual de Profissionais do Sistema Confea/Crea, no Hotel Ritz, que se encerrou ontem. O evento contou com a participação de engenheiros alagoanos, do presidente do Conselho Federal dos Engenheiros e Agrônomos José Tadeu da Silva, do presidente da Mútua Cláudio Calheiros, do presidente do Crea Alagoas, Roosevelt Patriota Cota, e do engenheiro agrônomo, deputado estadual Inácio Loiola e demais representantes dos governos estadual e municipal.

Segundo João Alves, o rio São Francisco começa a emitir sinais de morte. Exemplo maior é o avanço do mar sobre o rio na região da foz na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe decorrido da perda de força do Velho Chico.

Embora a situação seja preocupante e vem causando prejuízos como o desaparecimento do povoado Cabeço no município de Brejo Grande, em Sergipe,  Alves disse haver uma tecnologia eficaz e de baixo custo que tem mostrado ser capaz de promover a revitalização do rio São Francisco. Basta acompanhar o que vem sendo feito com o rio das Velhas, em Minas Gerais, o maior afluente do Velho Chico.

Lá, o professor Apolo Heringer conseguir implementar soluções que já resultaram na recuperação de 500 km do rio das Velhas, de um total de 800 km.   “É uma tecnologia barata e, sobretudo, nacional mais avançada e econômica que a utilizada nos rios europeus”.

Ele alertou para a necessidade de começar a pensar em um projeto de revitalização sério que impacta na total recuperação do rio São Francisco, porque, do contrário, a futura geração vai conhecer apenas o que era um rio no passado.

Alguns países já começam a sofrer as consequências desenfreadas de projetos mal planejados, entre eles, a China e Índia. Os rios Amarelo e Ganges já possuem áreas totalmente desérticas em seu percurso sem nenhuma gota de água. Há apenas areia. “Digo isso, porque conheci in loco o quadro catastrófico”, continuando, “então, é preciso evitar essa realidade enquanto é tempo”.

O deputado estadual Inácio Loiola disse que a palestra do prefeito João Alves foi uma verdadeira aula a respeito das soluções disponíveis e baratas para o desenvolvimento de projetos de revitalização do rio. E tem mais: mostrou que a revitalização do rio pode ser associado à geração de energia a um custo baixo sem agressão ao meio ambiente.

Engenheiro civil João Alves Filho, prefeito de Aracaju, diz haver projetos viáveis e de menor custo para fazer a revitalização do Velho Chico

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