07/06/2013 16h42

Inauguração do consórcio Tomé-Ferrostal no Porto de Maceió coloca Alagoas na rota da indústria naval

Indústria vai contratar cerca de 2.000 trabalhadores no período do pico da obra de construção dos módulos para plataformas

Indústria abriu postos de trabalho para centenas de alagoanos

Valdi Junior

O Porto de Maceió colocou Alagoas na rota da indústria naval com a inauguração nesta sexta-feira do consórcio Tomé-Ferrostal. O empreendimento de R$ 80 milhões iniciou as operações gerando nesta fase inicial 200 empregos diretos.  O consórcio ganhou licitação para a construção do pacote IV (tratamento de petróleo) de módulos para as seis primeiras plataformas tipo FPSO (P-66, P-67, P-68, P-69, P-70 E P-71) para exploração dos blocos BM-S-09 E BM-S-11 do pré-sal da Bacia de Santos.

Esse volume de obras acrescido a construção de mais dois módulos alcançará o volume de  US$ 1,150 bilhão em investimentos. Cada plataforma depois de pronta e operando terá capacidade de processar diariamente até 150 mil barris de petróleo e 6 milhões de metro cúbicos de gás natural. A Tomé/Ferrostaal informou que no pico da obra haverá cerca de 2.000 pessoas trabalhando na parte administrativa e de produção.

A administradora do Porto de Maceió, Rosiana Beltrão, disse que esse investimento é resultado da iniciativa de apresentar para o País e o mundo as potencialidades do Porto de Maceió nos eventos ligados à indústria do petróleo. O consórcio Tomé-Ferrostal, por exemplo, desembarcou na capital alagoana após conhecer a disponibilidade dessa área portuária em uma feira do setor de petróleo e gás em Macaé, no Rio de Janeiro.

Embora não dispusesse de recursos para instalação de estande nesses eventos de grande porte, Beltrão disse que a veiculação de vídeo mostrando o que o Porto de Maceió poderia oferecer aos investidores interessados em montar indústria desse porte fora o suficiente para chamar a atenção do empresário Laércio Tomé. “Logo que conheceu a área optou por instalar o empreendimento no Estado, o que mostra que a confiança e a coragem são ingredientes imprescindíveis para alavancar qualquer projeto”.

O empresário do consórcio Tomé-Ferrostal, Laércio Tomé, disse que a chegada desse empreendimento quebra o paradigma da indústria alagoana por ser capaz de gerar milhares de empregos e boa remuneração aos trabalhadores. “Com certeza novos contratos virão, o que vai abrir as perspectivas de mais emprego para o alagoano”.

O gerente de Controle da Petrobras, Cid Culmant, responsável em aferir os trabalhos de fabricação dos módulos, disse está entusiasmado com a capacidade de aprendizado e a vontade de fazer o melhor dos alagoanos. “Alagoas está no caminho certo de construção da cadeia produtiva metal mecânica”.

Essa obra vai abrir novas perspectivas de trabalho para as famílias alagoanas, declarou entusiasmado o vice-prefeito de Maceió Marcelo Palmeira. Pois, essa indústria representa a esperança para muitos maceioenses principalmente para a classe jovem trabalhadora.

O senador Fernando Collor falou sobre o impacto do investimento na economia alagoana e o empenho da administração do Porto de Maceió. No entanto, ressaltou o papel do Governo Federal na retomada da indústria naval no País possibilitando o renascimento de um setor que tem papel preponderante na geração de emprego.

Para o governador Teotonio Vilela Filho, a inauguração da Tomé-Engenharia é a consolidação das decisões certas tomadas lá atrás no início do governo, o que permitiu a criação de um ambiente propício para a chegada do empresariado, e, consequentemente, dos investimentos. “Hoje, o investidor que apostar em Alagoas tem segurança jurídica, incentivos fiscais e boa governança, o que dá sustentação ao empreendimento”.

“A Tomé-Engenharia representou o investimento número 77 nos últimos sete anos da atual administração. Isso é fruto de trabalho focado em colocar o Estado no trilho do crescimento não deixando o empresariado aportar nos estados vizinhos de Sergipe e Pernambuco como ocorria no passado. Agora, não. O empresário, que escolhe Alagoas, fica. Não vai embora”, declara o governador.

E o alagoano é mais beneficiado com a chegada de novas empresas. O operário Sérgio Garcia, por exemplo, estava desempregado. Hoje, trabalho no setor de logística do consórcio já observando as oportunidades de crescer profissionalmente na indústria.

Garcia pretende capacitar-se na área de solda. O setor de soldagem da indústria naval é o mais cobiçado remunerando bem os profissionais da área. O salário médio ultrapassa R$ 2.500/mês.

Administradora do Porto de Maceió Rosiana Beltrão destaca o trabalho realizado para a vinda do consórcio Tomé-Ferrostal para o Porto de Maceió

 

 

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