15/02/2013 14h06

Inadimplência do consumidor de Maceió cai 2,3 ponto percentual em fevereiro

Pesquisa indica que maioria dos consumidores da capital está em condições de pagar suas contas

Comércio varejista continua registrando queda no índice de inadimplência

Assessoria/Fecomércio-AL

A taxa de inadimplência do consumidor da capital caiu pelo segundo mês consecutivo, alcançado 4% em fevereiro. Em janeiro, o percentual chegou a 6,3%. Esse dado surpreende porque contraria o resultado nacional que indica um crescimento do índice no início do ano. As informações são do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

O resultado do nível de endividamento do consumidor de Maceió mostrou crescimento em fevereiro. Enquanto o mês passado registrou 70% dos pesquisados com algum tipo de dívida, no mês do Carnaval esse percentual se elevou para 72,3%.

Do percentual dos consumidores endividados constatado na pesquisa, 32,2% afirmou ter alguma conta em atraso, índice um pouco maior que o registrado para janeiro (30,8%).

O comprometimento da renda familiar dos consumidores com pagamentos de dívidas cresceu levemente em fevereiro e ficou em 43,5% da renda, nível ainda próximo a média registrada para todo o ano de 2012.  O nível de comprometimento da renda com dívidas continua alto para os padrões considerados seguros (30%).

A melhor notícia é a continuidade da queda da taxa de inadimplência, contrariando a tendência de crescimento registrada para o restante do país. Conforme o gráfico abaixo, já havia ocorrido uma redução em janeiro (6,3%) com relação ao mês de dezembro de 2012. Em fevereiro, novamente a inadimplência recua e fica em 4% dos consumidores da capital.

Segundo análise do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), apesar do crescimento do nível de endividamento da população maceioense e o elevado grau de comprometimento da renda com pagamento de dívidas, o consumidor segue honrando seus compromissos financeiros e pagando em dia suas dívidas, evitando encargos financeiros.

Segundo o economista Fábio Guedes, algumas razões explicam esse movimento como o crescimento em termos reais do salário mínimo, a elevação da oferta de emprego nos ramos de comércio e serviços e os níveis muito baixos das taxas de juros.

“O resultado para a economia da capital alagoana é muito bom considerando que o primeiro trimestre do ano é caracterizado por despesas e aumentos de tarifas e impostos, compras escolares, festas de momo e compromissos com as dividas remanescentes contraídas no mês de dezembro”, explicou.

O uso dos cartões de crédito continua em alta e foi responsável por 64,9% das formas de pagamento a prazo.  Em seguida, vem o componente “outros” com 52,3% das formas de pagamento, o que inclui o uso de boletos bancários, entre outras formas. Os financiamentos se responsabilizaram por 33,6% das dívidas dos consumidores (modalidade mais usada na compra de veículos e material de construção). O uso dos empréstimos pessoal 12,5%; carnês de lojas 9,7% e cheques pré-datados 1,3%.

Os tipos de despesas que mais pesaram nas dívidas dos consumidores foram: outros produtos e serviços (33,4%); alimentação (27%); educação (18,1%); vestuário (16,5%); tratamento de saúde (13,8%); aluguel residencial (10,7%); seguros (8,8%); reforma residencial (7,2%); eletrodomésticos (5,4%); eletroeletrônicos (5,2%) e móveis residenciais (4,9%).

O fato de outros tipos de produtos e/ou serviços figurarem em primeiro lugar como item de endividamento das famílias, significa uma característica das compras de início de ano, quando os consumidores diversificam seus gastos, principalmente com festas e comemorações. Segundo a pesquisa, a causa absoluta para elevação dos níveis de endividamento ainda continua sendo o desequilíbrio financeiro (39,9%).

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