05/02/2013 8h29

Empresa do agreste expande e torna-se a maior produtora de farinha em Alagoas

Microempresários trabalham para aumentar a oferta e atender o mercado nacional

Farinha alagoana é produzida em modernas fábricas

Redação/Sebrae-Alagoas

Micro e pequenas empresas brasileiras estão conseguindo aumentar a comercialização de seus produtos através da adesão ao Produto Comércio Brasil, uma iniciativa do Sebrae, que aproxima as empresas de novos canais, promovendo o acesso ao mercado de forma sustentável. Um bom exemplo é a Farinheira Canaã, fábrica do agreste alagoano, que a partir da participação na rede, conseguiu se tornar a maior produtora de farinha do estado.

De acordo com Willams Lopes, analista da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae e gestor do produto em Alagoas, a empresa entrou na Rede Comércio Brasil em 2010, quando foi aplicado um diagnóstico para empresas ofertantes, que apontou a realidade do negócio, naquele momento. Em seguida, foram indicadas possíveis intervenções do Sebrae para estruturar o processo de gestão da empresa, que envolveram, por exemplo, questões de mercado, logística e gestão.

Segundo André Farias, consultor que acompanhou a Farinheira Canaã, após o diagnóstico, os empresários passaram quase um ano fazendo ajustes técnicos e comerciais para participarem de forma efetiva da Rede Comércio Brasil. No segundo semestre de 2011, começaram a comercializar os produtos para varejo, atacado e também terceirizavam para distribuidoras.

“Foi quando os proprietários Rildo Batista e Maurijane Santana perceberam que existia potencial de mercado e investiram em uma consultoria do Sebraetec. Dentre as modificações feitas, após essa consultoria, as mais importantes foram a de embalagem e a de marca. Foi quando começaram a vender direto para as indústrias, ao invés de terceirizar, com vendedores na cidade de Maceió e nos interiores do estado. Tudo isso fez com que se inserissem em grandes supermercados, consolidando a empresa”, destaca o consultor André Farias.

O gestor da rede, Willams Lopes, acrescenta que desde o início, passou a incluir os produtos da farinheira nos nichos de mercado que a empresa tinha interesse, sendo que os principais canais de comercialização foram as redes Unicompra, Walmart, Makro e GBarbosa, além dos minimercados das centrais de negócios: a Rede de Supermercados da Economia em Maceió e a Rede de Supermercados Delmirense, em Delmiro Gouveia. Na lista, se incluem ainda alguns distribuidores do Rio de Janeiro.

Além de ampliar as fronteiras de comercialização, o Comércio Brasil também permitiu a participação da farinheira em eventos no Rio de Janeiro, como a Expofood e a Abad, e em Alagoas, como a Fesuper, o Fomenta e as Rodadas de Negócios, promovidas pelo Sebrae Alagoas.

“É uma alegria saber que a Farinheira Canaã Indústria e Comércio Ltda está deixando o Comércio Brasil, porque conseguiu alcançar os objetivos, deles e o nosso. Passaram de pequena empresa para média, o que a impossibilita de continuar na rede, já que foge ao público-alvo do Sebrae”, finaliza Willams Lopes, comemorando o cumprimento da missão institucional de promover a competitividade dos negócios, buscando o desenvolvimento sustentável das MPE alagoanas.

A Farinheira Canaã também faz parte do Arranjo Produtivo Local (APL) Mandioca do Agreste, coordenado pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), Desenvolve – Agência de Fomento de Alagoas e pelo Sebrae/AL, através do escritório regional de Arapiraca.

“Desde o início do APL, há oito anos, trabalhamos com a empresa e pudemos observar o seu crescimento. Essa abertura de mercado é muito importante, principalmente, porque estão prontos para o desafio, uma vez que aperfeiçoaram seus produtos e a própria gestão. Esse reconhecimento demonstra a competitividade e a qualidade dos produtos alagoanos”, considera o gestor do APL Mandioca pelo Sebrae Alagoas, Antônio Carlos Pires.

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