12/11/2012 10h27

Endividamento do consumidor maceioense sobe quase 100% em novembro

Índice de inadimplência praticamente dobrou, passando de 3,3% em outubro para 6% este mês

Consumidores maceioenses voltaram a contrair mais dívida em novembro

Assessoria/Fecomércio

Depois de uma tendência de queda desde março passado, o nível de consumidores endividados em Maceió voltou a se elevar. Em outubro, o percentual tinha alcançado 53,1%, mas para este mês de novembro, atingiu 66,7%; conforme dados da pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento (IFEPD), realizada em parceria com o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Como vem acontecendo desde agosto, o percentual de consumidores da capital com dívidas em atraso registrou alta, passado de 26,3%, mês passado, para 28,8%, este mês. Também houve elevação nos níveis de comprometimento da renda com pagamento de dívidas e de consumidores inadimplentes.

No tocante ao comprometimento da renda com o endividamento, o resultado de outubro tinha sido bom, pois o percentual tinha alcançado 27,9%; índice abaixo do limite prudencial que é de 30%. Entretanto, o mês de novembro registrou o nível de 47,4%; percentual que ultrapassa em 17,4% o limite considerado seguro e representa preocupação para o gerenciamento do orçamento doméstico.

Por sua vez, o índice de inadimplência praticamente dobrou, passando de 3,3%, mês passado, para 6%, este mês. Esse é o terceiro maior nível do ano em 2012.

Para o consultor econômico da Fecomércio e professor de economia da Ufal, Fábio Guedes, os dados da pesquisa preocupam um pouco porque a expectativa era de continuidade de queda nos indicadores, o que sinalizaria uma perspectiva positiva para as compras de final de ano. “Caso a tendência de elevação desses níveis se repita em dezembro, muito provavelmente uma parte importante dos recursos econômicos advindos do pagamento do 13° salário será destinada ao pagamento de dívidas, fugindo da circulação do comércio e serviços”, analisa.

 Cartão de crédito

O percentual de consumidores com dívidas com cartão de crédito diminuiu sensivelmente. Em outubro o nível registrado foi de 89,6% e, em novembro, ficou em 65,9%. Também se verificou uma diminuição nos percentuais de dívidas através de empréstimos pessoais (14% contra 28,5% do mês passado) e no uso de cartões de lojas (9,5% contra 34,3%). Por sua vez, as dívidas contraídas através de contratos de financiamento alcançaram 30,7% dos consumidores, contra 14,2% registrado em outubro.

As despesas mais impactantes nas dívidas dos consumidores foram alimentação (33,4%), educação (32,1%), vestuário (25,9%), tratamento de saúde (20,6%), aluguel residencial (18,6%), eletroeletrônicos (12,9%), seguros (14,1%), eletrodomésticos (11,1%), reforma residencial (9,3%), móveis residenciais (6,6%) e educação (6,9%). Segundo a pesquisa, a causa absoluta para elevação dos níveis de endividamento é o desequilíbrio financeiro (59,5%).

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