03/10/2012 10h07

Mercado projeta crescimento de quase 500% em contratações temporárias em Alagoas

Estado deverá contratar 915 temporários superando os números do ano passado

Comércio deve liderar as contratações temporárias neste último trimestre do ano

Assessoria/Fecomércio

Dados divulgados pela a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), trazem uma estimativa positiva para Alagoas: a previsão de contratações temporárias deve responder por 915 vagas no mercado alagoano. Considerando uma população de três milhões de habitantes, o número pode não ser animador, mas se comparado com as perspectivas do mesmo período em 2011, cuja previsão era de 191 vagas temporárias, a estimativa para 2012 representa um número quase cinco vezes maior.

De acordo com o consultor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio/AL) e professor de Economia da UFAL, Fábio Guedes, o cenário econômico alagoano é muito favorável devido à expansão das atividades comerciais e de serviços. “A economia do Estado, principalmente das duas maiores cidades, tem aumentado a oferta de empregos no comércio, varejista e ampliado, no setor de hotelaria, bares e restaurantes, bem como na construção civil. Com os estímulos do governo federal como a redução da taxa de juros, barateamento do crédito ao consumidor, desonerações fiscais e elevação dos investimentos públicos, a demanda continuará aquecida e as atividades econômicas em crescimento no Estado”, analisa o consultor.

O trabalho temporário, regulamentado pela Lei Federal nº 6019/74, é uma alternativa para atender às demandas sazonais do mercado, ou até mesmo para substituir um empregado efetivo em períodos de eventual afastamento. E, ao contrário do que muitos pensam, este tipo de trabalhador tem quase os mesmos direitos dos efetivos: remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria, jornada máxima de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais (salvo nas atividades que a lei estabeleça jornada menor), horas extras, repouso semanal remunerado, adicional noturno, depósito do FGTS, férias e décimo terceiro proporcionais. O prazo máximo para este tipo de contratação é de três meses.

Cenário nacional

Ainda de acordo com a estimativa da Asserttem, o número de contratações temporárias irá registrar crescimento em todo País. Isto porque segundo a pesquisa encomenda pela entidade em conjunto com o Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem), há a previsão de abertura de 155 mil vagas de trabalho temporário no Brasil; número 5,5% maior do que o verificado em 2011, quando foram contratados 147 mil temporários. Do total de vagas, estima-se que 25% sejam oferecidas pelas indústrias e 75% absorvidas pelo comércio. E, considerando o número total de vagas, 20% devem ser ocupadas por jovens em primeiro emprego; percentual que responde por 31 mil postos de trabalho.

Das vagas temporárias, o Nordeste responderá por 23.901 oportunidades de trabalho, sendo o Estado da Bahia o que mais empregará: 6.076 postos (25,42%). Apesar do crescimento em relação a 2011, Alagoas continua na última colocação em números de contratação, atingindo um percentual de 3,83 das vagas na Região (915 postos). A liderança no número de vagas continua no Sudeste, respondendo por um total de 51,87% dos postos de trabalho, destacando-se o Estado de São Paulo com 29,87% deste percentual.   

Aos que tiverem a oportunidade de ingressar nessa temporada, a chance de ser efetivado no emprego é de 15%, ou seja, 23 mil brasileiros (4,5% a mais do que em 2011) poderão conseguir emprego novo e efetivo depois das festas de final de ano.

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