07/08/2012 10h10

Índice de sobrevivência das MPE em Alagoas alcança 74% e supera a média do Nordeste

Do total de 100 empreendimentos criados, 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade

 

 
Microempresário Paulo Rafael, em sua loja de utilidades, no bairro do Benedito Bentes II

Assessoria/Sebrae Alagoas

No Brasil, são criados anualmente mais de 1,2 milhão de novos empreendimentos formais. Desse total, mais de 99% são micro e pequenas empresas (MPE) e Empreendedores Individuais (EI). Estudos realizados no Brasil e no mundo mostram que os dois primeiros anos de atividade de uma nova empresa são os mais difíceis, o que faz com que três em cada dez não sobrevivam a esse período.
Entretanto, o último estudo realizado pelo Sebrae, divulgado no ano passado, aponta que, no Brasil, a cada 100 empreendimentos criados, 73 sobrevivem aos primeiros dois anos de atividade. A taxa supera a de países que são modelos de empreendedorismo, como a Itália, o que prova que a taxa de sobrevivência no país tem aumentado. Numa comparação local, Alagoas se destaca com uma taxa de 74%, que é superior ao índice do Nordeste, que é de 69,1%.
O bom desempenho das empresas alagoanas é resultado, dentre outros fatores, de um esforço conjunto do Sebrae com as demais instituições que estão preocupadas com o desenvolvimento empresarial, seja buscando melhorar o ambiente onde estão inseridos esses negócios, seja por meio da ampliação do atendimento direto aos empresários de micro e pequenos empreendimentos.
De acordo com a gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Alagoas, Izabel Vasconcelos, o estado tem se destacado devido às estratégias adotadas para melhorar o ambiente empresarial, como a criação das duas Centrais Fácil, em Maceió e Arapiraca, onde é possível que o empresário receba orientações prévias para abrir sua empresa, permitindo que isso seja feito com custos e prazos de abertura reduzidos, e, o mais importante, planejando esse negócio, o que acarreta numa perspectiva maior de permanência no mercado.
“A ampliação do número de municípios que já aprovaram a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que já chega a 93, e o consequente aumento das Salas do Empreendedor são outras medidas que oferecem vantagens para o empreendedorismo, além de fazerem com que o empresário esteja mais informado e capacitado para manter sua empresa no mercado”, explica Izabel.

Uma MPE de sucesso

Jean Paul era consultor de uma grande empresa internacional de serviços e tecnologia quando percebeu que já tinha experiência suficiente de mercado para abrir a sua própria empresa. Assim, há 16 anos, surgiu a N-Tech, que desenvolve softwares, infraestruturas e segurança para outras empresas.
Como reconhecimento pela sua estabilidade e destaque no mercado, a N-tech já recebeu, em dois anos distintos, o Prêmio de Competitividade para Micro e Pequena Empresa – MPE Brasil. Para Jean Paul, o sucesso de seu negócio está na visão de mercado, que não se preocupa somente com a inovação e a busca por novas tecnologias, mas com a integração entre os funcionários e a empresa.
“Tento mostrar aos meus clientes que a tecnologia é uma oportunidade de alavancar o negócio. Ela não serve apenas para modernização ou informatização da empresa, não é apenas uma ferramenta simples e dispensável, mas ela pode ser o diferencial entre o sucesso e o fracasso do empresário”, ressalta Jean.
Mesmo com experiência de mercado, Jean acredita que a capacitação é fundamental para o desenvolvimento e o crescimento das micro e pequenas empresas. “Através do Sebrae, consegui desenvolver programas e ações que me proporcionaram mais conhecimento e crescimento, o que levou a minha empresa a sobreviver diante do mercado e a se desenvolver”, complementa.

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