Valdi Junior/VALOR MERCADO
A Região Nordeste possui nove estados. Isso todos sabem. Agora, o que poucos sabem é que a correlação de forças é diferente. E, no campo político, principalmente. Essa conjuntura ficou bastante nítida nesta semana, ou melhor, neste mês de julho.
Os nordestinos tiveram notícias desfavoráveis em relação à chegada de empreendimentos prometidos havia tempo. Porém, a reação e a consequência foram distintas.
Os alagoanos tiveram o dissabor da notícia de que o Ibama vetou a licença ambiental de instalação do Estaleiro Eisa, no Pontal de Coruripe, e até hoje nada mais do que uma ação do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de Alagoas em frente à porta de entrada do Ibama, em Maceió, e uma promessa de pressão política dos parlamentares alagoanos no Congresso Nacional para forçar o Ibama rever a decisão.
No Maranhão e no Ceará, dois estados que também tiveram informações negativas do ponto de vista socioeconômico, em função da postergação dos projetos das refinarias Premium pela Petrobras, o Governo Federal despachou a presidente da Petrobras Graça Foster para ambos estados para assegurar que os empreendimentos das refinarias estão confirmados para o futuro próximo.
Uma clara manifestação de força da classe política maranhense e cearense.
Do lado de Alagoas, apenas manisfestações pontuais de um ou outro político sem muito respaldo. Será que o senador José Sarney sozinho tem mais força que todos os políticos alagoanos?
Cadê a força da classe política alagoana?