Conquistar mercado vai além de um bom relacionamento de negócios. Distribuindo cerca de mil caixas de leite de coco e mil quilos de coco ralado por ano, para boa parte do Nordeste e Sudeste do país, a Cooperativa Pindorama abriu as portas da indústria de beneficiamento do coco e mostrou que o segredo de um produto de qualidade está na seleção rigorosa da matéria prima.
Com a ajuda do técnico de controle de qualidade, Sanderson Rodrigo, e do gerente industrial, Jasse Rocha, ficou claro que o processo de fabricação começa já na recepção da matéria prima. Na chegada do carregamento do coco três funcionários são encarregados de verificar se o fruto está novo, porém não pode ser verde para dar um melhor rendimento. Para essa tarefa o olhar e a experiência contam bastante.
Passada a pré-seleção do produto, o fruto passa pelo processo de autoclavagem, no qual recebe um choque térmico. “Essa etapa é de extrema importância para garantir um produto final de qualidade. Na autoclavagem são eliminadas as enzimas que podem causar a deterioração do produto. No mesmo processo há um cozimento do fruto o que facilita a amêndoa soltar na casca do coco, do quengo do coco como se chama popularmente”, explicou Jasse Rocha.
Rocha contou que a unidade recebe variedades diferentes de coco, o que influência no tempo de cozimento, consequentemente no sabor e na cor do leite de coco e do coco ralado. O controle inicial fica sob responsabilidade da autoclavagem e do processamento. “Caso haja algum imprevisto é feita uma comunicação via rádio informando da necessidade de mais dois a três minutos de cozimento, assim a matéria prima fique no padrão exigido pela cooperativa”, revelou o gerente industrial.
Depois de partido ao meio e separado manualmente da casca, o técnico de controle de qualidade, Sanderson Rodrigo, mostrou mais uma etapa decisiva principalmente quanto tratamos de sabor. A separação da pele marrom da carne do coco. É desse subproduto que é feito o óleo de coco. “Essa película, que é a parte mais escura entre a casca e o coco não se perde. Ela vai para o processo de secagem onde é retirado o óleo do coco e o farelo também. Esse produto é revendido para outras industrias e na região da cooperativa”, esclareceu Sanderson.
Para o coco ralado chegar a mesa dos consumidores, ele é triturado e submetido ao processo de secagem, nessa etapa são retiradas amostras do produto a cada 20 minutos e verificada a porcentagem da secagem ideal. “Passada a fase de preparação do material a preocupação fica concentrada no padrão de secagem que deve atingir 3%. A partir daqui todo o processo é mecanizado e a higiene dos colaboradores supervisionada em laboratório. É um trabalho minucioso e necessário para manter a qualidade dos produtos Pindorama”, reforçou o técnico de qualidade.