12/03/2012 12h09

Indústria alagoana abre as portas e apresenta o processo de seleção do coco na fábrica

Capacitação e treinamento dos funcionários garantem a qualidade do produto fornecido ao consumidor

Beneficiamento do coco em indústria alagoana

Conquistar mercado vai além de um bom relacionamento de negócios. Distribuindo cerca de mil caixas de leite de coco e mil quilos de coco ralado por ano, para boa parte do Nordeste e Sudeste do país, a  Cooperativa Pindorama abriu as portas da indústria de beneficiamento do coco e mostrou que o segredo de um produto de qualidade está na seleção rigorosa da matéria prima.

Com a ajuda do técnico de controle de qualidade, Sanderson Rodrigo, e do gerente industrial, Jasse Rocha, ficou claro que o processo de fabricação começa já na recepção da matéria prima. Na chegada do carregamento do coco três funcionários são encarregados de verificar se o fruto está novo, porém não pode ser verde para dar um melhor rendimento. Para essa tarefa o olhar e a experiência contam bastante.

Passada a pré-seleção do produto, o fruto passa pelo processo de autoclavagem, no qual recebe um choque térmico. “Essa etapa é de extrema importância para garantir um produto final de qualidade. Na autoclavagem são eliminadas as enzimas que podem causar a deterioração do produto. No mesmo processo há um cozimento do fruto o que facilita a amêndoa soltar na casca do coco, do quengo do coco como se chama popularmente”, explicou Jasse Rocha.

Rocha contou que a unidade recebe variedades diferentes de coco, o que influência no tempo de cozimento, consequentemente no sabor e na cor do leite de coco e do coco ralado. O controle inicial fica sob responsabilidade da autoclavagem e do processamento. “Caso haja algum imprevisto é feita uma comunicação via rádio informando da necessidade de mais dois a três minutos de cozimento, assim a matéria prima fique no padrão exigido pela cooperativa”, revelou o gerente industrial.

Depois de partido ao meio e separado manualmente da casca, o técnico de controle de qualidade, Sanderson Rodrigo, mostrou mais uma etapa decisiva principalmente quanto tratamos de sabor. A separação da pele marrom da carne do coco. É desse subproduto que é feito o óleo de coco.  “Essa película, que é a parte mais escura entre a casca e o coco não se perde. Ela vai para o processo de secagem onde é retirado o óleo do coco e o farelo também. Esse produto é revendido para outras industrias e na região da cooperativa”, esclareceu Sanderson.

Para o coco ralado chegar a mesa dos consumidores, ele é triturado e submetido ao processo de secagem, nessa etapa são retiradas amostras do produto a cada 20 minutos e verificada a porcentagem da secagem ideal. “Passada a fase de preparação do material a preocupação fica concentrada no padrão de secagem que deve atingir 3%. A partir daqui todo o processo é mecanizado e a higiene dos colaboradores supervisionada em laboratório. É um trabalho minucioso e necessário para manter a qualidade dos produtos Pindorama”, reforçou o técnico de qualidade.

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