08/08/2013 9h56

Municípios alagoanos em situação de emergência vão receber um milhão de litros do Governo do Estado

Medida vai beneficiar a população dos municípios atingidos pela seca

Maior distribuição de leite vai ajudar as famílias humildes

Os 56 municípios alagoanos que estão em situação de emergência por conta da seca devem receber um milhão de litros de leite do Governo do Estado, por meio do Programa do Leite, além da cota normal que já beneficia cada um deles diariamente. A medida foi encaminhada pelos membros do Comitê Integrado de Combate à Seca, em reunião nesta terça-feira (6), após anúncio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) da disponibilidade do produto.

Para isso, será feito um comunicado oficial ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com quem a Seagri mantém um convênio para execução do Programa do Leite, que é uma das modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). De acordo com o secretário adjunto de Estado da Agricultura, Henrique Soares, o leite que está disponível é resultado de uma compensação por conta da seca dos meses anteriores, quando a produção foi reduzida.

“Por conta da seca, a produção caiu, o que afetou as compras pelo Programa do Leite. Agora, com a produção já voltando ao normal, podemos adquirir o leite que deixamos de comprar meses atrás, por isso temos essa ‘sobra’ de um milhão de litros”, explicou o secretário.
Ainda durante a reunião do Comitê, ficou definido que, entre os municípios que estão com decreto de emergência por conta da seca, terão prioridade para receber o leite aqueles em que ocorrem as maiores taxas de mortalidade infantil, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Diariamente, o Governo do Estado compra 80 mil litros de leite, que são repassados a 80 mil famílias em situação de vulnerabilidade alimentar e nutricional em todos os 102 municípios. “O leite extra não vai afetar o repasse que já é feito a cada município todos os dias”, informou o assessor especial da Seagri que coordena as ações de convivência com a seca, Miguel Oliveira, que também participou da reunião.

Milho

Os agricultores dos municípios com decreto de situação de emergência por conta da seca continuam adquirindo milho a preços abaixo do preço de mercado nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o superintendente do órgão em Alagoas, Elizeu Rego, que participou da reunião do Comitê da Seca, até o final de agosto Alagoas deve receber quatro mil toneladas do produto.

Atualmente, informou Elizeu Rego, o estoque no armazém de Maceió é de 123 mil quilos, em Palmeira dos Índios é de 312 mil quilos, em Santana do Ipanema é de 121 mil quilos e em Arapiraca é de 234 mil quilos.

Para os criadores que possuem até 40 animais, cada saca de 60 quilos de milho é repassada por R$ 18,12; para quem possui entre 41 e 120 animais, a saca custa R$ 22; e, para quem tem mais de 120 animais, a saca pode ser adquirida na Conab por R$ 24,60. Com a seca e a baixa produção do grão, a saca é vendida no comércio por até R$ 40, por isso, a compra via Conab é a melhor opção para pequenos e médios criadores.

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