07/03/2012 7h35

Comunidades quilombolas de Alagoas cobram políticas públicas

Ações básicas que foram discutidas no Seminário Integrado Brasil Quilombola, realizado em Maceió, ano passado.

 

Comunidade Quilombola pede ajuda aos governos municipal, estadual e federal

 

Assessoria/Clara Cavalcante

Nesta última segunda-feira, estiveram reunidos, representantes do Governo e da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas e Remanescente de Alagoas, na Câmara Municipal de Arapiraca para tratar das politicas de atendimento às comunidades Negras e Quilombolas.

Os coordenadores e lideranças das comunidades quilombolas do Estado relataram a lista de ações prometidas, durante o último ‘Seminário Integrado Brasil Quilombola’, realizado pela Secretaria da Mulher da Cidadania e dos Direitos Humanos, no ano passado que reuniram representantes do Ministério do Desenvolvimento Social, do Estado e lideranças quilombolas em grupos de trabalho na construção de diretrizes com objetivo de traçar plano de ação estas as comunidades.

Após as visitas às comunidades realizadas pelos órgãos gestores do Estado e Municípios responsáveis pelo levantamento das necessidades e prioridades destas comunidades, nada foi colocado em prática.

Estas comunidades cobram ações básicas como: saúde e educação; construção de moradias, eletrificação; recuperação ambiental; incentivo ao desenvolvimento local; pleno atendimento das famílias quilombolas pelos programas sociais, como o Bolsa Família; e medidas de preservação e promoção das manifestações culturais quilombolas.

Os coordenadores e líderes quilombolas foram unanimes no que se refere à falta investimentos nos setores de necessidades básicas aos seres humanos. A maioria das 66 comunidades quilombolas do Estado estava representada por suas lideranças.

Ficou deliberada na reunião, a formação de uma comissão que irá buscar as respostas, junto aos órgãos competentes pelo desenvolvimento dessas politicas públicas.

O coordenador Manoel Oliveira-Bié falou do não reconhecimento da coordenação quilombola Gangazumba por parte de algumas secretarias. “Gostaria do reconhecimento da existência da Coordenação quilombola Gangazumba, pelas secretarias do Estado”, disse Bié.

A Gerente de núcleo quilombolas, pelo Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas, Berenita Maria agradeceu a todos os líderes comunitários e em especial do município de Taquarana, pelo apoio dado aos pesquisadores, durante o cadastramento das comunidades realizado pelo Instituto.

Berenita destacou ainda à necessidade da elaboração de cursos e palestras, para sensibilizar estas comunidades, com o intuito de formar a consciência de união e responsabilidades do grupo, na busca das politicas públicas. ”Vamos pensar pra frente, porque unidos vocês são mais fortes”.

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