20/06/2012 10h54

Bolsa tenta desvencilhar-se da crise e mostrar-se como boa opção. Investidor paciente pode lucrar até 1.000%

Investimento em renda variável requer pouco de conhecimento e tempo do investidor

Investidores observam pregão eletrônico da Bovespa

Valdi Junior/VALOR MERCADO

Depois de um mês de maio vermelho [não de revolução, mas de depressão no mercado financeiro mundial], as bolsas de valores começam a atuar num cenário ameno, com ações blue chips, a exemplo da Petrobras, registrando altas expressivas lembrando a fase áurea de 2007 antes do estouro da crise dos derivativos nos EUA.

Depois do balanço da Europa, com atitudes em prol da Grécia e Espanha principalmente, o desempenho das bolsas de valores volta a mostrar ao mercado que em tempo de calmaria é  um investimento atrativo.

No período de 10 anos, contando o período de 1º de março de 2003 a 29 de fevereiro de 2012, a Bovespa foi o melhor investimento. E para quem aplicou em ações ligadas ao varejo obteve bom retorno.

As ações das Lojas Americanas renderam ganhos expressivos. Os papéis das Lojas Renner deram um retorno quase inacreditável de mais de 1.000%. Por exemplo, alguém, que, em março de 2003, adquiriu um lote de R$ 10 mil, em fevereiro de 2012, tinha em saldo R$ 127.100.

Um ganho nada desprezível.

Tomando como base o mesmo período, o Boi Gordo proporcionou ganho de 356,51%; CDI, 290,12%; poupança, 120%; e o dólar, 27%.

Quando o mercado financeiro está operando no azul, a bolsa de valores oferece bons ganhos em curto prazo. É fato.

Contudo, é preciso cuidado na hora de aplicar em renda variável, que oscila e depende do bom humor do mercado internacional. Porque, quando surge um momento de crise, como a atual na Europa, os agentes financeiros ficam com os nervos a flor da pele e causam estragos. E quem mais sente, são as pessoas que dispõem de poucos recursos e não têm experiência sobre o modus operandi da bolsa.

O correto é apostar em renda variável paulatinamente e pensando em longo prazo.

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