09/04/2012 10h29

BB e Caixa assimilam o recado da presidente Dilma Roussef e reduzem o spread bancário sob pressão

Consumidor vai pagar menos juros na hora de tomar empréstimo dos agentes financeiros. Os bancos privados devem acompanhar

Caixa Econômica e Banco do Brasil reduzem o spread bancários para os clientes

Valdi Junior/VALOR MERCADO

Não é apenas boato. É fato. A presidente da República Dilma Roussef é de falar pouco diferente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, o pouco que verbaliza para a imprensa nas curtas entrevistas tenta colocar em prática. Havia pouco tempo que a presidente tinha dito que o spread bancário é uma aberração. Os agentes financeiros cobram muito do consumidor final nos empréstimos.

Bem, cansada de esperar os bancos, em especial, os privados, os quais a presidente Dilma não pode se entrometer, escolheu os parceiros, bancos públicos, para forçar a baixa da taxa de juros paga pela população.

O pontapé veio com o Banco do Brasil reduzindo a taxa de juros para o cliente na semana passada. Hoje, segunda-feira, 9, é a vez da Caixa Econômica Federal, que, inclusive, fez campanha publicitária nos principais veículos de comunicação do País sobre o feito de também acompanhar a decisão do BB e diminuir os juros cobrados dos clientes.

Os bancos privados viram que a presidente não está só verbalizando, está agindo, vão hoje ou amanhã procurar o Ministério da Fazenda tentando uma compensação para também acompanhar os bancos públicos.

E os bancos privados não há muito o que chiar, porque se ficarem na contramão e não reduzirem o spread bancário, o mercado, ou  seja, os clientes vão procurar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal que cobram menos da clientela.

É a realidade e não como fugir.

Agora, há um detalhe que pouco se fala. Mais dinheiro no mercado a juros menores é um combustível para o retorno do consumo em níveis elevados. Aí, tem-se que agir na outra ponta para não permitir os aumentos dos preços.

Por enquanto, o Governo Federal quer mesmo estimular a economia e gerar emprego para que no fim do ano, noticia-se bons números do Produto Interno Bruto (PIB) para impactar a sociedade brasileira politicamente e socialmente.

A oposição que se cuide!

 

 

 

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