27/02/2012 9h52

Mercado e Petrobras pressionam por reajuste no preço da gasolina, mas Dilma Roussef ganha tempo

Consumidor brasileiro deve preparar-se para um possível aumento no preço dos combustíveis

Governo sofre pressão para reajustar os preços dos combustíveis

Valdi Junior/VALOR MERCADO

O consumidor brasileiro pode preparar o bolso. Por enquanto, só a presidente Dilma Roussef ainda não verbalizou nada a respeito do reajuste no preço da gasolina. Mas a cúpula da Petrobras e os acionistas não escondem mais a angústia pela demora no ajuste no preço do combústivel, o que tem ocasionado perdas para a estatal.

A conversa no mercado e na Petrobras é que o novo patamar de preço do petróleo no mercado internacional flutua a US$ 110/barril, enquanto o valor da gasolina no Brasil ainda está no patamar de US$ 80/barril.

A pressão é grande e não há como esconder. Até a noviça presidente da Petrobras Graças Foster declarou em entrevista neste final de semana para a imprensa nacional que ora ou outra terá que vir um aumento no valor do litro da gasolina porque está ficando insustentável.

E não deve demorar muito continuar a inflação oficial comportada com Banco do Central sinalizando queda na taxa de juros. Mas há um problema.

Mexer nos preços dos combustíveis é sinalizar para o consumidor brasileiro mais inflação. O que gera um desgaste político e tanto. Além do mais, é dar gás para a oposição fazer críticas, embora nos bastidos defende realinhamento nos preços dos combustíveis.

Sabendo disso, a presidente Dilma Roussef vai ganhando tempo e capital político enquanto a Petrobras tiver gordura para queimar.

Mas não se deve negar que ameaça do conflito no Golfo Pérsico envolvendo Irã eleva o valor do barril de petróleo e fica mais difícil sustentar o preço da gasolina no Brasil. Sem falar na pressão indireta do setor sucroacooleiro para haver aumento da gasolina e assim poder elevar o preço do etanol.

É esperar pra ver qual será a posição do Palácio do Planalto. Agradar o consumidor ou a Petrobras e os acionistas.

 

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