O Sistema Pratagy, que responde pelo abastecimento de cerca de 40% de Maceió, vai passar por uma modernização na próxima terça-feira (17). É que a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) vai instalar, na captação de água bruta, um Sistema de Medição e Faturamento (SFM), necessário à migração para o Mercado Livre de Energia.
A medida vai contribuir com uma redução dos custos da Casal com energia elétrica e, por isso, com a sustentabilidade financeira da empresa. Ao mesmo tempo, durante a instalação do sistema SFM, será feita uma revisão geral de todos os aparelhos elétricos da captação, como motobombas e quadros de comando elétrico, o que resultará em mais segurança hídrica para a população que depende da água produzida pelo Sistema Pratagy. Concomitantemente, a Equatorial também fará uma manutenção em equipamentos que atendem à captação.
O serviço vai ocorrer das 8h às 18h e, para garantir sua efetividade e a segurança dos trabalhadores envolvidos, vai exigir uma paralisação momentânea da operação. Com isso, a Estação de Tratamento de Água (ETA) Pratagy, localizada no Benedito Bentes e que recebe a água do manancial, ficará temporariamente inoperante.
De acordo com a Casal, tão logo o trabalho seja concluído, a água bruta voltará a ser repassada da captação para a ETA e, depois de tratada, para os reservatórios, de onde será distribuída pela BRK para os moradores das regiões beneficiadas.
Mercado Livre de Energia. Em 2023, a Casal se tornou a primeira estatal alagoana a migrar para o Mercado Livre de Energia. A mudança entrou em vigor em 2024 e foca não apenas na eficiência econômica, mas também em melhorias nos serviços oferecidos pela empresa.
Com a Urca Energia, empresa licitada que assinou contrato com a Companhia estatal em 2023, ao todo 23 unidades consumidoras da Casal passarão para o novo modelo. A captação do Sistema Pratagy, em Maceió, é uma delas. Com a migração das 23 unidades consumidoras, que representam 45% do custo total médio mensal na conta de energia, ou seja, cerca de R$ 5 milhões, a Companhia espera uma redução de até 30% nesse valor, equivalente a pouco mais de R$ 1,3 milhão mensalmente. Essa economia será gradual até atingir valor o global.
Ampliação
A vice-presidente Operacional da Casal, Laura Petri, ressalta que as empresas de saneamento vêm ampliando a participação no Mercado Livre de Energia, em busca de eficiência operacional e maior produtividade. “Aqui na Casal, utilizamos toda a nossa capacidade técnica para garantir que, com a economia de energia, possamos ampliar os investimentos e otimizar nossos serviços, tão importantes para o desenvolvimento do Estado”, pontuou.
A diretora explica ainda que a iniciativa faz parte do processo de reestruturação da empresa e, por isso, levou em conta a escolha da modalidade de consumidor varejista para simplificar todo o processo no ambiente de mercado.
“A conta de energia pesa no balanço financeiro quando se fala em saneamento e, por essa razão, nossa gestão interna tem fomentado utilizar as melhores ferramentas de gestão disponíveis e, com isso, reduzir consideravelmente custos e aprimorar nossa capacidade de produzir água”, ressaltou.