28/05/2019 10h46

Endividamento dos maceioenses tem redução de quase 2%, mas orçamento continua difícil de fechar

Mais de 98 mil consumidores da capital estão endividados e com dificuldade de pagar as contas em dia

Contas ainda continuam causando dor de cabeça aos maceioenses

Após dois meses seguidos de alta do endividamento, os consumidores da capital alagoana quitaram algumas contas e houve redução de 1,95% na contração de dívidas, no mês de abril. É o que indica a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência de Maceió (PEIC) realizada pelo Instituto Fecomércio Alagoas, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Dos 205 mil endividados da capital, 98.420 estão endividados e com dificuldade de pagar em dia suas contas. Desse grupo [98 mil], houve um aumento de 3,88% entre os meses de março e abril. “O nível de inadimplentes também aumentou na análise mensal, cerca de 4,91%. Existem, agora, cerca de 50 mil consumidores inadimplentes, em Maceió ante a 48 mil em março”, afirmou o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismos do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha.

Na variação anual, comparando com o mesmo mês do ano anterior, os consumidores estão 9% mais endividados. Porém, estão atrasando menos contas, cerca de 2% e; estão 21,47% menos inadimplentes; o que significa que estão mais disciplinados do que em relação ao ano anterior.

O cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelas dívidas contraídas pelos consumidores de Maceió (84,1%), seguido pelo uso dos carnês de loja (16%).

Do grupo de 98 mil pessoas que estão endividadas e pagando suas contas em atraso, 47,8% afirmaram que existem outros membros da família passando pela mesma situação. Os 52,2% restantes informaram que apenas ele (a) está tendo dificuldade de pagar suas contas em dia.

Em relação aos 50 mil já em condição de inadimplência, 16,9% afirmaram ter condições plenas de quitar suas dívidas já no mês seguinte. Para 16,3%, o pagamento será apenas parcial, e o restante (51,3%), não há condição alguma de renegociar suas dívidas.

Dentre os consumidores com contas em atraso, o período das dívidas em atraso tem sido de cerca de 78,2 dias. No geral, o tempo médio de endividamento tem sido de cinco meses, ou seja, se uma dívida for contraída hoje, o cidadão tende a ficar livre apenas em outubro. Por último, a parcela da renda comprometida com a renda tem sido muito baixa, diminuindo as chances de inadimplência, apenas 19,2%, na média.

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