07/12/2018 9h30

Uso de energia solar cresce em Alagoas. Colégio Agnus Dei investe na eficiência e no menor custo

No Estado, nos últimos dois anos, 200 novas unidades de consumo instalaram sistemas fotovoltaicos de energia solar interligados à rede energética,

Colégio Agnus Dei, agora, abastecido com energia solar

Em Alagoas, nos últimos dois anos, 200 novas unidades de consumo instalaram sistemas fotovoltaicos de energia solar interligados à rede energética, o que possibilitou aumento de mais de oito vezes na potência gerada por essa fonte, no total de 2,92 megawatts. Os dados são da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), com base em informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Para o superintendente estadual do Banco do Nordeste em Alagoas, Pedro Ermírio Freitas Filho, a utilização da energia solar é uma tendência mundial e está, aos poucos, ganhando espaço entre o empresariado alagoano. “Diversas empresas estão buscando o crédito para implantação de placas fotovoltaicas, como alternativa que reduz custos com consumo de energia. Nossa principal fonte de financiamento a projetos dessa natureza é o FNE Sol, que tem beneficiado atividades econômicas variadas, de pousadas a empreendimentos rurais, escolas e comércio”, explica.

O gestor destaca que o recurso, antes restrito às pessoas jurídicas, pode agora ser contratado por pessoas físicas para geração de energia solar com fins residenciais, inclusive moradores de condomínios. A expansão da linha de crédito foi autorizada pela Portaria Interministerial 461, de 12 de novembro de 2018, publicada no dia 30 no Diário Oficial da União.

Vantagens

Além do benefício ao meio ambiente, com redução da emissão de gás carbônico à atmosfera, a utilização de fonte energética renovável tem diminuído consideravelmente e até zerado a conta de energia elétrica nas unidades consumidoras. Quem atesta os ganhos com o uso da energia solar é o empresário Jordan Guido, diretor financeiro do Colégio Agnus Dei, localizado em Rio Largo (AL) e pioneiro no Estado na implantação de sistema fotovoltaico para consumo energético entre as instituições de ensino.

O Colégio procurou o BNB e, com recursos do FNE Sol, conseguiu instalar as placas fotovoltaicas para microgeração distribuída de energia solar de 42,24 quilowatts-pico. “Os resultados estão além das expectativas, pois fizemos um projeto para 75% da nossa conta, porém, iniciamos também um processo interno de maximização da utilização da energia e economizamos 25% de energia. Estamos pagando somente a taxa de iluminação pública. Zeramos nossa conta”, comemora.

Crescimento

Jordan está satisfeito com o custo-benefício do financiamento e diz que outros empresários aderiam à geração de energia solar após o exemplo de sucesso de sua empresa. “Acreditamos que a energia solar é o futuro. Dentro de alguns anos será realidade de mais da metade da população. Uma energia limpa e barata. Então valeu muito a pena. Acreditamos que iremos conseguir pagar o financiamento em cinco anos ou até menos. Estamos em expansão na estrutura do colégio e, em breve, poderemos ampliar o projeto”, prevê.

O gerente da agência do BNB em Rio Largo, Fredi Pereira da Fonseca, já sente o aumento na procura pela linha de crédito. O gestor enfatiza que diversos tipos de empreendimentos adquiriram, na localidade, sistemas similares ao do Colégio Agnus Dei, com financiamento do FNE Sol, a exemplo de lojas, restaurantes e unidades fabris.

Sustentabilidade

Quanto ao meio ambiente, Jordan aponta dados da empresa Solaric que implantou as placas fotovoltaicas no Colégio, que demonstram, em 20 anos, a redução no corte de mais de 17 mil árvores e em 665 toneladas de carbono na atmosfera.

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