17/07/2018 13h55

Maceió Mais Inclusiva apresenta balsa experimental para cultivo de sururu

Projeto piloto compõe série de estudos e levantamentos que será apresentada à comunidade de marisqueiros no Vergel

Pescadores saem cedo em busca do sururu na Lagoa do Mundaú

Nesta quarta-feira (18), a comunidade do Vergel do Lago, em especial os homens e mulheres que vivem da pesca e venda do sururu, irão conhecer o fruto do trabalho de pesquisa e estudos que o Projeto Maceió Mais Inclusiva Através da Economia Circular vem levantando há um ano. Um dos itens que será apresentado é o protótipo de uma balsa para cultivo do sururu, a exemplo do que já é feito com o cultivo de ostras, e que pode, ao mesmo tempo, melhorar a produção e a qualidade de vida dos pescadores.

A apresentação será feita a partir das 9h, na Escola Professora Anaias de Lima, situada à Rua Belo Horizonte, às margens da Lagoa Mundaú. Especialistas náuticos ligados ao projeto vão explicar como se dará a experiência com a balsa, que vai usar tecido de fibra ligado a estruturas de PVC para “fixar” o sururu e permitir seu acesso de forma facilitada e ágil. Se a estratégia se mostrar bem-sucedida, resultará em avanços ergonômicos aos marisqueiros, que não precisarão mais dos tradicionais mergulhos e de catar o marisco no fundo da lagoa.

Este é apenas um dos aspectos levantados pelo Maceió Mais Inclusiva desde o início de suas atividades, em julho de 2017, envolvendo vários parceiros, como a Braskem, que vem apoiando a execução do projeto. O objetivo é fomentar a economia local através do incremento das cadeias produtivas tradicionais da pesca (Jaraguá) e do sururu (Vergel do Lago), com a proposta de um desenvolvimento equilibrado entre o social e o ambiental. Tal propósito e o que foi feito até agora em termos de estudos também será apresentado aos marisqueiros e moradores.

“Será o primeiro momento de contato direto com todos os marisqueiros. Antes nós só tínhamos trabalhado com algumas lideranças. Faremos uma apresentação geral do que foi feito e do que se pretende fazer neste projeto, que tem duração de quatro anos, e vamos ouvi-los também, saber as opiniões deles sobre a estrutura de cultivo e outras sugestões que eles tenham”, afirmou Jannyne Barbosa, coordenadora técnica do Projeto Maceió Inclusiva.

Entre as ações já executadas pelo projeto estão a caracterização socioeconômica das pessoas envolvidas com as cadeias produtivas tradicionais e um mapeamento para entender todos os passos e atores que compõem essas cadeias. “O envolvimento dos marisqueiros a partir deste momento vem para fortalecer o trabalho de desenvolver a cadeia, que é tão ligada à gastronomia, de forma a gerar mais negócios sociais e economia circular”, completou Jannyne.

Nesta quarta, os marisqueiros serão apresentados ao protótipo demonstrativo de cultivo e seu planejamento técnico e operacional. A reunião será aberta à imprensa.

Sobre o projeto

O Maceió Inclusiva através da Economia Circular foi estruturado como um projeto de valorização das cadeias tradicionais do sururu e da pesca artesanal, com o aumento do valor agregado dos pescados, reaproveitamento dos resíduos como insumos em novas cadeias produtivas, geração de emprego e renda e diminuição do impacto sobre o meio ambiente local. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Maceió, através da Secretaria Municipal de Turismo (SEMTUR), Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (SEMTABES), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (SEDET), Secretaria Municipal de Governo (SMG), Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (SLUM), e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), através do Fundo Multilateral de Investimento (Fumin), sendo executado pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) com o apoio da Braskem, Agência de Fomento de Alagoas – Desenvolve, Sebrae em Alagoas e a Universidade Politécnica de Madrid (UPM).

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