13/06/2016 9h28

Assistência da Emater traz esperança ao homem do campo com mais tecnologia e renda

Governo do Estado tem procurado orientar com novos conhecimentos os agricultores familiares

Pequenos produtores recebem assistência técnica

Agência Alagoas

Investir é sempre um risco. No caso da agricultura, devido a fatores externos como o clima, variação de preço dos produtos e dificuldade de financiamento para determinada cultura, por exemplo, esse risco se torna ainda maior. Para quem é agricultor familiar e se encontra na linha da pobreza então, esse investimento é quase impossível.

Porém, duas famílias de agricultores do agreste alagoano vêm provando que com incentivo, muito trabalho, dedicação e amor ao que se faz, é possível colher bons frutos e ter uma vida digna e proveitosa no campo.

Atendidos pelo Programa Brasil Sem Miséria (PBSM), coordenado em Alagoas pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL), Izabel Maria da Silva Farias, que mora com o seu marido José Renato Silva , no assentamento Santo Antônio, na zona rural de Craíbas, recebeu do Programa, o fomento de R$ 3000,00 para investir no projeto de criação de caprinos.  Ela faz parte das 52 famílias que são atendidas pelo Programa em Craíbas.

No início com apenas oito cabras no rebanho, a primeira parcela do fomento permitiu que a criadora construísse um aprisco para os animais e telas de proteção para reforçar a estrutura do local. Já com a segunda parcela, ela comprou mais animais e garantiu a multiplicação do rebanho e, consequentemente, a garantia de renda pra a família.

Além da estrutura do aprisco, o recurso garantiu também a construção de uma horta, onde planta alface, repolho, coentro, pimentão e outros produtos que servem tanto para a alimentação familiar, quanto para venda nas feiras livres do município.

Assistida durante todo processo por técnicos da Emater-AL, hoje dona Izabel conta com 30 animais e assegura as melhorias que o programa, através do Instituto de Inovação, trouxeram pra sua família. Segundo ela, com a venda do excedente da horta e dos animais são pelo menos R$ 400 reais a mais por mês em sua renda.

“Gosto de ter minhas coisas, porque se for pra você viver de compra de alface, ou coentro, em pleno inverno, que é o tempo que a gente mais tem água, o que é que vai fazer? Então imagina no verão. E aqui desde dezembro, que foi quando choveu e encheu a cisterna, nós temos horta. Estou feliz, bem feliz e estaria mais se tivesse mais condições ainda de trabalhar. O pobre precisa de condições pra trabalhar, precisamos de incentivo e de apoio técnico”, afirma a agricultora Izabel Maria.

Já em Giral do Ponciano, também no Agreste de Alagoas, outro produtor mostra que com dedicação é possível construir um futuro melhor. Severino Ferreira, criador de caprinos, afirma que o projeto ajudou muito com sua criação e, também criou um curral que é modelo para outros produtores da região e conseguiu aumentar o número de animais. “Hoje tenho farmácia para os animais, e graças a Deus, nós vamos se ajeitando, hoje sou meu próprio funcionário e consigo aumentar minha renda. Já tive 22 ovelhas, mas como eu selecionei as melhores cabeças, hoje tenho 10 com excelência para reprodução”, explica orgulhoso Severino Ferreira.

Eixos de Trabalho

De acordo com a técnica Ana Cláudia Nobre, que vem acompanhando o projeto do PBSM em Craíbas desde 2014, o PBSM trabalha em três frentes principais: garantia de renda, acesso a serviços públicos e inclusão produtiva. Segundo ela, esse três aspectos foram atingidos com os produtores de Craíbas.

“Os serviços de ater são o eixo condutor do programa, pois se atua diretamente com as famílias cadastradas que por exigência do Programa, tem que fazer parte de um recorte de renda de até R$ 157 por pessoa da família. Após isso é feito o diagnostico, avaliado aptidão e o potencial da família e, de acordo com o projeto escolhido junto com a família e com os técnicos de cada área da Emater e aí na sequência ela recebe o fomento”, explica Ana Cláudia.

De acordo com ela, o programa faz com que as famílias saiam da condição de pobreza e dá garantia de renda, principalmente no período de seca, incentivando o agricultor que vai produzir sempre com acompanhado do técnico que presta assistência contínua para que o projeto obtenha sucesso.

O PBSM atua em três municípios do agreste alagoano: Giral do Ponciano, Craíbas e Traipu, beneficiando mais de 120 famílias na região. A expectativa, é que outras 120 famílias sejam atendidas em 2016, a depender de aditivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS).

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