Governador Renan Filho defende novo tratamento do Tesouro Nacional no que se refere à divida dos estados

Agência Alagoas

O governador Renan Filho apresentou o posicionamento do Governo de Alagoas a respeito da crise econômica nacional. O pensamento do gestor foi conhecido durante o Fórum Nacional João Paulo Reis Velloso, especificamente ministrando o painel fiscal dos Estados, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Ele utilizou suas redes sociais para explicitar que é preciso que a União legitime a autonomia dos Estados da Federação para estabelecer o enfrentamento a crise econômica.

“Fundamental que a União entenda que sem sanar a crise dos Estados a saída para essa tempestade econômica ficará distante e dolorosa. Vou continuar trabalhando pelo alongamento da dívida de Alagoas”, pontuou Renan Filho durante sua fala.

A proposta de alongamento da dívida dos Estados com a União permite que os passivos sejam pagos em até 50 anos. Com a proposta, a renegociação da dívida dos estados não terá impacto fiscal em 20 anos porque todo o débito será pago, mas fará a União deixar de receber recursos no curto prazo. Caso todos os estados assinem até junho os acordos de renegociação, o governo federal deixará de arrecadar R$ 9,6 bilhões em 2016, R$ 18,6 bilhões em 2017 e R$ 17,3 bilhões em 2018.

O que será economizado com os descontos da dívida, deve ser investido integralmente em obras que proporcionem o bem-estar social.

A proposta também possibilita aos estados mais endividados pedir um desconto de 40% no valor das parcelas, limitado a R$ 160 milhões por mês, por até 24 meses, sendo o valor não pago nesse período transferido para as parcelas posteriores.

Encontro dos Governadores

O tema dívida pública pode ser ponto de pauta do Encontro dos Governadores do Nordeste, que acontece no Hotel Ritz Lagoa da Anta, na capital alagoana, a partir das 14h. Em coletiva de imprensa, marcada para às 17h, os governadores falarão sobre as questões debatidas na reunião.